O declínio da credibilidade da economia brasileira atingiu também as principais instituições bancárias do país. A agência de avaliação de risco Standard & Poor’s anunciou nesta quarta-feira (26) a redução da nota de crédito de 13 instituições brasileiras – entre elas, gigantes do setor como Bradesco, Itaú e HSBC. Empresas governamentais como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES também foram afetadas.
A agência já diminuiu, nesta semana, a nota de crédito do Brasil e das estatais Petrobras e Eletrobras – em todas, a avaliação passou de ‘BBB’ para ‘BBB-’.
O deputado federal Hélio Santos (PSDB-MA) afirmou que a situação pode gerar um efeito “bola de neve” no sistema financeiro nacional e que as circunstâncias são resultado das falhas do governo do PT na gestão da economia.
Cenário
“Quem vê o comportamento da equipe econômica do governo Dilma não poderia esperar outra coisa, infelizmente. Temo que as consequências desse cenário estão apenas começando a se manifestar de maneira mais intensa. Falta de credibilidade é uma situação complexa, e o governo não tem a menor capacidade de reverter o problema”, disse Hélio Santos.
Para o parlamentar, problemas como aumento de inflação e desemprego podem se agravar com a constatação, pela Standard & Poor’s, da fragilidade da economia. “O governo estava fazendo o máximo para segurar o problema para depois das eleições, mas a realidade falou mais alto”, apontou.
Reportagem do jornal Valor Econômico sobre o assunto relata que o problema pode chegar também a outras empresas, como Vale e CSN. Lisa Schineller, analista da Standard & Poor’s, falou ao jornal que falta clareza na condução da questão fiscal do Brasil e que vê dificuldade no cumprimento da meta do superávit primário para 2014.
