O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) disse estar preocupado com o resultado negativo da criação de empregos no país. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (21) pelo Ministério do Trabalho, o registro de vagas com carteira assinada em 2013 teve o pior resultado dos últimos 10 anos.
O ano passado somou 1,11 milhão de postos formais, contra 1,3 milhão em 2012, uma queda de 14,1%. Gomes de Matos lembrou que o PSDB sempre debateu a geração de emprego e alertou para o que se consolida como uma década perdida por conta da falta de reformas necessárias descartadas pelo governo Lula. “Com seu populismo, ele não fez as reformas estruturantes; não alavancou a infraestrutura rodoviária e portuária, a viação civil, e não melhorou a logística para o desenvolvimento do país. Ficou somente com o populismo do Bolsa Família, que faz uma estagnação na pobreza”, lamentou.
O tucano avaliou como grave a redução da geração de empregos e disse que há milhares de jovens prestes a entrar no mercado de trabalho. O deputado descartou a tentativa do ministro do Trabalho de amenizar a situação, atribuindo o fato à crise internacional. “Tentar justificar o injustificável. Falta seriedade dizer que foi um milagre o Brasil não perder mais emprego, é uma irresponsabilidade do ministro”, afirmou.
O parlamentar lembrou ainda que o ex-presidente Lula ludibriou o povo dizendo que a crise mundial era apenas uma “marolinha”, não atingiria o Brasil. Infelizmente, não foi bem assim. Enquanto outros países da América Latina se desenvolveram economicamente e controlaram a inflação, o governo brasileiro incentivou a população ao consumo e ao endividamento.
“O povo brasileiro está sofrendo. Está endividado e não tem emprego. A indústria diminuindo seu potencial de produção e o Brasil tendo toda essa instabilidade”, apontou.
A presidente Dilma participa do Fórum Econômico Internacional de Davos, na Suíça, enquanto o noticiário internacional apresenta um pessimismo de investidores de outros países em relação ao Brasil. Matos culpou o governo pela desconfiança internacional. “Precisamos continuar fazendo este alerta para a população para mais uma vez não ser enganada e ir nesta onda de que tudo é marolinha”, concluiu.