O ano de 2013 não foi bom para investir economicamente no Brasil. O país foi o único do grupo econômico formado também pela Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics), que teve queda no investimento estrangeiro direto (IED). A retração alcançou 3,9%, em relação a 2012. As informações são da reportagem desta sexta-feira (29), do noticiário on-line da Revista Veja.
A reportagem diz que, ao longo do ano passado, o governo da presidente Dilma Roussef tomou medidas que espantaram os investidores. Entre elas, está o aumento de impostos sobre o investimento estrangeiro em títulos de renda fixa. A deterioração fiscal e o aumento da inflação também contribuíram para esse cenário.
O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) afirmou que a credibilidade brasileira está “seriamente deteriorada” em função de uma “série de equívocos e erros cometidos durante todo o governo Dilma”.
“O quadro está se agravando. A falta de mudanças e os investimentos em Cuba deixam claro que o governo opta por prejudicar o próprio país em prol de outro”, disse o deputado. Para ele, o Brasil está “cheio de problemas” e “faltam estradas, portos, aeroportos, rodovias” para Dilma se preocupar, em vez de investir em Cuba.
Mercosul
No comparativo com os blocos econômicos, o Mercosul (composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) foi o único a apresentar queda nos investimentos (de 6%), reflexo do resultado negativo do Brasil.
Hauly disse ser “lamentável” o quadro econômico brasileiro e ressaltou que o ajuste fiscal, a questão da balança publica e a diminuição do superávit foram “cruciais” para a incerteza dos investidores na hora de aplicar no país. “Não adianta querer, na hora da eleição, reverter esse resultado. Marmelada na hora da morte não refresca”, concluiu o deputado.
