Neste Dia do Meio Ambiente, 05 de junho, a arte produzida a partir da natureza ganha uma atenção especial. Em todas as culturas, a vontade de se comunicar e mostrar ao mundo um pouco da própria consciência impulsionou diversas técnicas de pinturas e expressões. Os índios brasileiros, gueixas do Japão, aborígenes africanos, todos têm muito em comum. Ao utilizar pedras, cascas de árvores, folhas, sementes, raízes e frutos de vegetais para se expressar, eles criaram uma série de padrões e tradições que aos poucos, foram se perdendo em prol da modernização e da sintetização de tintas e maquiagens.
Para resgatar esse tipo de arte, através do ecotingimento, o instrutor Manoel Severino, da Casa da Cultura de Teresina, inova em suas oficinas de Estamparia e Reciclagem. De acordo com o artista, a preocupação com o meio ambiente e com a própria saúde provocou a queda do uso de corantes artificiais e têm mostrado, cada vez mais, o quão ampla e mais viável pode ser a utilização de materiais do universo vegetal e mineral. “Da natureza vem toda a inspiração. Não há textura, degradê, tom ou semitom que o homem tenha criado sinteticamente que não exista na natureza”, afirma.
Segundo Manoel, da aroeira, chapada, cajú, açoita cavalo, alecrim, mocó, murici, mameleiro, chichá, jenipapo, cajá, velame, entre outras, podemos tirar corantes únicos, que se estabilizam como uma luva nas fibras naturais (como algodão e seda), através de processos de fixação – que utilizam água, vinagre e fixadores.
A Casa da Cultura é mantida pela Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves. Ela fica localizada na Rua Rui Barbosa, 348, Centro-Sul. O telefone para contato é: (86) 3215-7849.
