O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), falou da tribuna da Câmara sobre a situação econômica do país no governo Dilma, o sistema eleitoral e o Programa Mais Médicos. Para ele, o quadro econômico é nebuloso, o Mais Médicos é um desastre e o sistema eleitoral distancia o cidadão dos seus representantes.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ligou para o tucano e os dois entraram em acordo sobre a votação da MP que garantia a vinda dos estrangeiros. As duas emendas apresentadas pelo PSDB à matéria foram aprovadas por unanimidade. Uma introduzia a carreira e o concurso no quarto ano do profissional e a outra valorizava os conselhos federal e regionais de medicina.
“Qual não foi a nossa surpresa quando a presidente Dilma vetou o artigo que garantia a carreira nacional específica para os médicos no quarto ano. Os três anos iniciais seriam emergenciais, passageiros; e, depois, teríamos um programa consolidado, um programa de Estado, uma política pública de primeira linha”, explicou Pestana.
Segundo o deputado, a condução do assunto pelo governo foi desastrosa. “Faltou diálogo. Se escolheu como instrumento a medida provisória. Isso é um problema estrutural, é tipicamente um assunto para projeto de lei, para ser amplamente debatido com audiências públicas e com os atores relevantes do sistema de saúde, com o Congresso Nacional”, observou.
O parlamentar quer derrubar o veto no dia 19 de dezembro. “É uma decepção profunda com o ministro Padilha, que faltou com a palavra. Se não estava autorizado pela presidente, não deveria ter envolvido o Congresso Nacional numa farsa”, reprovou.
Situação nebulosa
O tucano destacou ainda a condução da economia brasileira pelo governo petista. A situação é nebulosa com inflação, desindustrialização e empregos com baixos salários. “Um combinação explosiva se forma. Nós temos taxas de juros altas, taxas de investimos baixas e inflação alta principalmente nos alimentos. Temos baixa poupança, ambiente regulatório instável, crise de credibilidade e balança comercial em visível deterioração”, alertou.
Por fim, Pestana contestou o sistema eleitoral vigente no país. Ele argumenta que o modelo atual deixa o eleitor muito distante do deputado federal. O parlamentar defende mudanças por meio de uma reforma para as eleições de 2018.
“O sistema é caríssimo e não aproxima o cidadão do representante. Cerca de 70% das pessoas não sabem falar o nome do deputado em que votaram. O controle social é nulo sobre a atividade parlamentar e a raiz está no nosso sistema político eleitoral”, ressaltou.