A agência de avaliação de risco de crédito, Moody’s, deve manter neste ano a nota de risco brasileira, já que a previsão é que os indicadores econômicos continuem semelhantes aos de 2013. Segundo os cálculos da agência, o país cresceu 2,1% no ano passado e deve atingir 2% em 2014.
O jornal O Estado de S. Paulo informa na sua edição desta terça-feira (7) que a Moody’s alertou para a redução da nota caso os débitos cheguem a 65% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o superávit primário (resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo) ficou em torno de 1,8% e deve subir para 2,1% do PIB em 2014.
Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o quadro não poderia ser diferente. “Nós estamos caminhando para repetir o ano. Não se tomou nenhuma providência para reduzir o custo e a máquina continua inchada”, ressaltou.
O parlamentar lembrou ainda que: “2014 é ano eleitoral, o que torna a situação ainda mais preocupante, pois o governo, além de tentar maquiar os números para disfarçar a realidade, irá gastar muito mais e fará mais concessões”.
Para Miranda, há uma dicotomia evidente nos números apresentados pelo governo. “Temos 20 milhões de pessoas ingressadas no Bolsa Família e os nossos governantes afirmam que temos apenas 5% de desemprego no Brasil. Isso é pura maquiagem, mas a população está vendo, a cada dia, a grande mentira que vivemos”, destacou.
Segundo o senador, elevar a Taxa Selic, que o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal interna, é inútil e não inibe a inflação. “Nós estamos represando um mau momento econômico e deixando de tomar um conjunto de ações mais importantes”, reiterou.