Antes de deixar o Ministério da Saúde, Alexandre Padilha assinou um convênio de R$ 199,8 mil com a organização não governamental (ONG) Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço, fundada pelo seu pai, Anivaldo Pereira Padilha. A entidade se diz destinada a executar ações de promoção e prevenção de vigilância em saúde. Desde 1998, a ONG promoveu menos nove convênios com diversos ministérios que, juntos, somam cerca de R$ 1,75 milhão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo (30).
O futuro líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), a situação é estarrecedora. “Às vésperas de sua saída do ministério da Saúde, [Padilha] assina um convênio que tem relações com os seus familiares. A presidente Dilma vê tudo isso acontecer e nada faz. O importante agora é que a CGU faça a investigação desse convênio, dessa organização, porque certamente essa é uma utilização suspeita que acontece no apagar das luzes da administração do ministro”, disse.
O tucano acrescentou ainda que o contrato assinado apresenta “fortes indícios de que se trata de recrutamento e capacitação de cabos eleitorais na campanha do pré-candidato petista”, que é voltado à atividades para jovens.
O sucessor designado pela presidente Dilma ao cargo de ministro, o atual secretário municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chioro, é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo por suspeita de improbidade administrativa.
