A visão dos empresários da companhia belga Astra Oil sobre seus sócios da Petrobras não era das melhores, segundo reportagem deste sábado (29) do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com uma troca de emails entre o presidente da Astra, Mike Winget, seu diretor de operações, Terry Hammer, e mais cinco pessoas, datada de 2 de novembro de 2007, os belgas consideravam que os executivos da Petrobras faziam muita “besteira” e eram “extravagantes” nos gastos.
Outra queixa dos belgas era de que qualquer decisão da Petrobras levava “10 vezes mais tempo que o necessário”.
Os diretores da Petrobras, por sua vez, também tinham críticas direcionadas aos sócios europeus. Conforme documentos internos da época, os brasileiros julgavam que os belgas tinham “visão de curto prazo”, demoravam a “reagir” aos problemas, e pensavam muito diferente da estatal.
As duas companhias, ex-sócias, entraram em uma disputa judicial por conta da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A brasileira acabou levando a pior, sendo obrigada a pagar um total de U$S 1,18 bilhão por um empreendimento que, anos antes, havia sido adquirido pelos belgas por US$ 42 milhões.
