Até mesmo o governo federal admite turbulências na área fiscal. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada na edição desta sexta-feira (8), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em conversas com interlocutores, reconhece que o executivo vive um período de “inferno astral” na área fiscal e que, neste ano, o superávit primário “não será o dos nossos sonhos”.
O deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) afirma que esse tipo de avaliação do ministro é um desrespeito à população. “É uma brincadeira atribuir a falhas do governo esse argumento. Uma completa falta de respeito com as pessoas”, disse o parlamentar.
Nas conversas, segundo o jornal, Mantega comenta que “este ano está sendo difícil” na área.
“Inferno astral é a gente ter de conviver com este governo a tanto tempo”, avalia Imabassahy.
“São 39 ministérios, 13 estatais, bilhões de reais gastos em campanhas publicitárias para mostrar uma realidade fantasiosa. Tudo insatala um ambiente de incertezas. O estranho é que o governo convive confortavelmente com as denúncias de corrupção”, observa.
O setor público registrou déficit primário recorde em setembro. Nos nove primeiros meses de 2013, o superávit foi de apenas R$ 44,9 bilhões (1,28% do PIB), bem abaixo da meta de R$ 111 bilhões (2,3% do PIB).