A renda média do brasileiro corre o risco de cair por inéditos quatro anos consecutivos se o crescimento do país em 2017 for muito baixo, somando mais um recorde negativo deixado como herança pela ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo projeção do Bradesco, a economia deverá se expandir 0,3% no ano que vem.
Caso esse cenário se concretize, o PIB per capita encolherá perto de 0,5%, de estimados R$ 28.064, em 2016, para R$ 27.934, em 2017 (descontada a inflação). O cálculo da instituição considera um aumento de 0,8% da população no próximo ano.
A renda per capita é considerada medida importante da trajetória de prosperidade ou empobrecimento de um país por mostrar o quanto sua produção evolui em relação ao número de habitantes. O PIB pode crescera um ritmo que parece elevado, mas que, na prática, é insuficiente para aumentar a riqueza média da população, caso ela esteja se expandindo ainda mais rapidamente.
O Piauí já possui o terceiro menor rendimento médio mensal do país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015, que informa que a renda média era de R$ 1.163, em 2014, e no ano passo chegou a R$ 1.127, uma variação de 3,09%.
O estado segue o exemplo do cenário nacional em que foi registrado queda na renda média mensal. A perda de rendimentos ocorreu em todas as regiões do Brasil e em 22 das 27 unidades da federação, como evidenciou o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde a recessão, a renda média vem encolhendo mais de 4% ao ano. Entretanto a expectativa era que essa tendência fosse revertida em 2017, com uma expansão da economia próxima a 1%. Mas indicadores recentes mostram que a saída da recessão deve ser mais lenta do que o esperado, o que pode fazer o PIB crescer menos e levar a uma nova contração da renda por habitante.