Deputados federais do PSDB afirmaram que a criação de uma CPI sobre a Petrobras é uma oportunidade de informar a população a respeito de investigações que analisam as denúncias de superfaturamento, corrupção e desvios na estatal. Segundo eles, os resultados das investigações serão transmitidos para os cidadãos, que ficarão informados sobre todos os detalhes. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, assinou o requerimento para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
“As apurações feitas por órgãos como o Ministério Público e o Tribunal de Contas são importantes, mas a grandeza da Petrobras justifica que o Congresso também promova sua análise. E, além disso, em uma CPI temos a oportunidade de trazer a população ao debate. Fazemos uma avaliação de ordem pública e compartilhamos as informações com os cidadãos”, afirmou o vice-presidente do PSDB, deputado federal Bruno Araújo (PE).
Araújo e vários integrantes do PSDB e de partidos da oposição participaram de reunião nesta terça-feira (25), no Senado, em que discutiram estratégias para a obtenção de apoio para a CPI da Petrobras. No encontro, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse que a possível CPI é uma “imposição dos fatos” e que o Congresso “tem a responsabilidade constitucional de fiscalizar as ações do Poder Executivo”.
Assinaturas
Os oposicionistas decidiram, na reunião, que buscarão, em paralelo, assinaturas para a instalação de uma CPI mista, unindo Câmara e Senado, ou de uma CPI somente no Senado.
“A CPI é uma boa forma de abordarmos os escândalos e compreendermos o que há com a Petrobras. Há quatro situações que merecem nossa atenção redobrada: a compra da refinaria de Pasadena, que trouxe um prejuízo bilionário à empresa, o possível superfaturamento nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, a denúncia de pagamento de propinas por membros de uma empresa holandesa e o lançamento ao mar de plataformas que ainda não estavam concluídas”, afirmou o deputado federal Duarte Nogueira, presidente do PSDB-SP.
Confiança
Nogueira e Araújo mostraram confiança em relação à conquista de apoio de parlamentares de outros partidos para a criação da comissão. “Contamos com a possibilidade de termos 28 assinaturas no Senado”, disse Araújo.
O presidente do PSDB-SP reiterou que “a Petrobras é algo acima dos debates entre governo e oposição” e lembrou que, além da unidade das legendas oposicionistas, existe atualmente um movimento de “racha” na base aliada do governo Dilma.
