A chegada dos profissionais para o Programa Mais Médicos não solucionou uma das principais dificuldades vivida pelos pacientes, que é a marcação de exames e consultas com especialistas. Há seis meses e m execução, o programa distribuiu quase 10 mil profissionais pelo interior e pelas áreas carentes do país , mas problemas como filas, longas esperas para exames, procedimentos e consultas especializadas ainda persistem na saúde pública.
As informações são do jornal Folha de S. Paulo do último sábado (28).
O deputado federal Cesar Colnago ( PSDB-ES) reconheceu que a atuação de Mais Médicos é importante, porém ressaltou que não é a solução para os problemas atrelados à saúde. “O programa Mais Médico tem mais um sentido eleitoral do que propriamente uma contribuição para o Sistema Único de Saúde (SUS)”. Segundo o tucano, o investimento do Ministério da Saúde, no ano passado, foi pouco em comparação com os países vizinhos.
Programa
O Mais Médicos foi lançado em julho de 2013 pela presidente Dilma Rousseff. Ele prevê a vinda emergencial de profissionais do exterior durante três anos e a mudança nos formatos da graduação em medicina e da residência, com expansão de vagas.
A vinda dos estrangeiros foi imediata, mas as outras propostas do programa ainda engatinham, já que as metas podem ser cumpridas até 2018.
Para o Colgano, o programa não passa de uma jogada de marketing. “A saúde pública precisa de ações concretas de média e alta complexidade, trazer médico não é o suficiente”, disse. Ele afirmou também que é necessário investir em estrutura tecnológica e física como equipamentos de alta qualidade e equipe de auxílio, por exemplo.
