Deputados do PSDB criticaram o lançamento ao mar, por parte da Petrobras, de plataformas inacabadas. O expediente adotado pela estatal foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (14). Segundo a publicação, equipamentos tiveram suas atividades iniciadas – após grandes cerimônias de inauguração, que contaram com a presença de autoridades como a presidente Dilma Rousseff – sem estarem em pleno funcionamento, o que tem demandado mais trabalho e ampliado prazos e custos.
“É uma situação que traduz a irresponsabilidade e a falta de compromisso com segurança e com o dinheiro dos acionistas. Mais uma ação ruim da Petrobras, entre tantas outras tomadas nos últimos tempos, que mostra o porquê de o valor de mercado da empresa estar em declínio”, disse o deputado federal Luiz Fernando Machado (PSDB-SP), da Subcomissão Permanente sobre Petróleo, Gás Natural e Etanol da Câmara.
A opinião é endossada pelo também deputado federal César Colnago (PSDB-ES): “A notícia é lamentável. É o resultado de uma empresa que se preocupou, sob o comando do PT, mais com a politicagem do que com a produção de petróleo e energia”.
A reportagem do Estadão relata que a plataforma P-62 (foto), que Dilma inaugurou no mês de dezembro, é um dos exemplos de equipamentos não concluídos que a Petrobras colocou em funcionamento. Houve até um incêndio em um gerador instalado no local – o que só foi necessário por conta do lançamento precipitado.
Sindicalistas ouvidos pelo Estadão dizem que os atos são motivados por uma necessidade de “mostrar resultados” e, em adição, ajudar o governo federal em ano eleitoral. “É assim que a gestão petista funciona: com o foco no marketing, e sempre pensando que a verdade não virá à tona”, afirmou Colnago.