Os deputados do PSDB Marco Tebaldi (SC) e Plínio Valério (AM) defenderam o voto aberto em todas as deliberações do Congresso Nacional. A mudança vem sendo cobrada há tempos por tucanos e ganhou atenção com a prisão de mensaleiros no fim de semana. Os parlamentares destacaram a importância das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que acabam com o voto secreto.Segundo eles, a aprovação das PECs impede situações vexatórias como a dos deputados Jose Genoino (PT-SP) e Natan Donadon (sem partido-RO).
A PEC 349/01, que acaba com o voto secreto em todas as esferas do Legislativo, está na pauta do plenário do Senado nesta terça-feira (19). A proposta foi aprovada em primeiro turno na última quarta-feira (13). Já a PEC 196/12, que acaba com o voto secreto em processos de cassação de parlamentares, foi aprovada pelo Senado e aguarda deliberação do plenário da Câmara. A matéria é de autoria do senador Alvaro Dias (PR) e foi relatada na comissão especial pelo deputado Vanderlei Macris (SP).
Para Tebaldi, o fim do voto secreto garante transparência. “O voto aberto é um grande avanço rumo à transparência para evitarmos esses problemas de deputados condenados que foram absolvidos pelo plenário encoberto pelo voto secreto”, afirmou. “Seria um grande retrocesso se nós não aprovássemos esse projeto. Eu defendo que o voto aberto seja aprovado em todos os níveis, inclusive na apreciação dos vetos e na indicação de pessoas para ocuparem cargos que exijam sabatina.”
De acordo com Plínio Valério, o voto aberto vai impedir que deputados condenados sejam absolvidos pelo plenário. “Essa é uma reivindicação do PSDB e foi preciso que acontecesse essa história do mensalão para que todos vissem que nós estávamos com a razão. Com o voto aberto, nunca mais um deputado corrupto vai ser absolvido”, declarou.
Segundo o tucano, o fim do voto secreto para a análise de vetos e a votação para a escolha de ministros e autoridades enfrenta resistência. “O desejo é que seja voto aberto para tudo, mas a expectativa é que o voto secreto para vetos e para escolha de ministros seja mantido”, disse.