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Capes pode suspender apoio à ciência no país durante a Copa

mane-garrincha-estadio-janeiro-2014-300x225Brasília – Os desdobramentos da realização da Copa do Mundo no Brasil, a partir de junho deste ano, já não se restringem aos campos do esporte e infraestrutura. Em comunicado publicado em seu site oficial, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pediu à comunidade acadêmica que evite solicitar recursos ao Programa de Apoio a Eventos no País (Paep) nas cidades que receberão os jogos do Mundial, em decorrência dos custos.

As informações são de reportagem do jornal O Globo (27).

A justificativa usada pelo órgão federal foram os altos gastos com passagens aéreas, hospedagem e demais dificuldades logísticas. O Paep é destinado a impulsionar a promoção de encontros científicos no Brasil e à formação de professores para a educação básica, concedendo auxílio financeiro às comissões organizadoras.

Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), integrante das comissões de Educação e Ciência Tecnologia da Câmara, o governo petista prioriza a espetacularização da Copa do Mundo no Brasil em detrimento de avanços em áreas fundamentais.

“Na prática, hoje a Copa é a prioridade do governo federal e de alguns governos estaduais do PT. Esqueceram fatores como a saúde, educação e segurança, que agora começam a preocupar. A nível nacional, tudo o que vemos é o reflexo de promessas não cumpridas”, disse.

Ciência e Tecnologia

O parlamentar ressaltou que a gestão petista usa de artifícios para represar investimentos no setor, e que o fomento científico no Brasil deve ser incentivado, e não jogado para escanteio.

“O governo tem gradativamente diminuído, contingenciado recursos da área de ciência e tecnologia, já pensando na diminuição de gastos. O que precisamos é de mais investimento, até porque estamos muito atrasados nessa área”, acrescentou.
Mobilizações

Izalci levantou ainda a hipótese de que a resistência do governo federal em organizar eventos no país se deve ao medo de mobilizações populares como as de junho de 2013.

“Usam a Copa como justificativa para evitar que se façam uma série de coisas, na área de cultura, de esporte. Deve ser uma orientação no sentido de evitar movimentos sociais como o “Copa Pra Quem?” e mais manifestações. No sentido de evitar a movimentação e concentração de pessoas”, completou.

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