Brasília (DF) – Apesar da ajuda de receitas extraordinárias, o esforço conjunto da União, dos estados, dos municípios e das empresas estatais — exceto Petrobras e Eletrobrás — totalizou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta perseguida pelo governo, no entanto, era bem maior, de 2,3% das riquezas do país.
As informações são do Correio Braziliense deste domingo (30).
Para o presidente da Comissão de Gestão Pública, o deputado federal Luiz Pitiman (PSDB-DF), afirmou nesta segunda-feira (03) que os números negativos são resultado da “ineficácia” do governo federal em gerir o dinheiro público.
“O que falta é a gestão adequada. Somando-se a isso há uma desmoralização do Brasil no exterior, automaticamente faltam investimentos externos, transformando cada vez mais em um período difícil. A tendência é se agravar”, ressaltou o parlamentar.
A reportagem do Correio informa que serão abatidos do superavit primário os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com desonerações tributárias, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A fragilidade dos dados fiscais reflete a dificuldade do setor público em cortar gastos e em economizar recursos para saldar os juros da dívida pública. Em 2014, duas das três maiores agências de classificação de risco do mundo advertiram para a possibilidade de rebaixar a nota de crédito do Brasil.
“Ao final, quem paga é o consumidor que é o cidadão, que sofre para garantir suas contas em dia e o pagamento dos impostos, mas que não é atendido nos seus direitos, gerando essa instabilidade econômica e também social”, destacou Pitman.