Brasília – O contrato firmado em 2010 entre a Petrobras e a empreiteira Odebrecht, orçado em US$ 825 milhões e investigado por suspeitas de superfaturamento, será analisado pelo Ministério Público.
Reportagem publicada nesta segunda-feira (11) pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que o procurador Marinus Marsico pediu que os executivos responsáveis pelo contrato sejam ouvidos e afirmou que “[as investigações] podem ensejar ilícitos de ordem penal e também levar a ação de improbidade”.
O contrato contém elementos suspeitos como o pagamento de R$ 7,2 milhões para máquinas copiadoras e de um aluguel para um terreno de propriedade da petrolífera.
O deputado Márcio Bittar (PSDB-AC) avalia que a atuação do MP pode corrigir uma falha do governo federal , que não dispõe de mecanismos adequados para o controle das atividades da empresa e que barra a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito no Congresso Nacional.
“Com sua base aliada formada por mais de 400 deputados, o governo não permite que investiguemos a série de problemas que existem na Petrobras. Dificulta, assim que enxerguemos as atividades da empresa com transparência e que evitemos situações controversas como essa com a Odebrecht”, declarou o tucano.
Bittar acrescentou que o problema se soma a outros que são registrados estatal desde a chegada do PT à Presidência da República. Ele avalia que essa série de dificuldades – que diminuiu o valor de mercado da companhia e trouxe prejuízos ao s seus acionistas – tem como motivação principal a partidarização da empresa.
“Infelizmente, a Petrobras foi instrumentalizada sob o comando do PT. Tornou-se uma empresa que está mais voltada a uma agenda partidária do que em se desenvolver e apresentar resultados ao Brasil”, afirmou.