Brasília – As manobras do governo federal para inibir aumento da conta de energia elétrica custarão R$ 63 bilhões dos cofres públicos. Parte dessa verba virá da Petrobras. As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo no domingo (16), e têm como referência um cálculo elaborado pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Segundo os cálculos feitos a pedido da Folha, o orçamento do socorro em energia supera os investimentos do governo com o Bolsa Família (de R$ 62,5 milhões) e com seguro desemprego e abono salarial (R$ 46,4 bilhões).
“É o dinheiro que será pago pelos trabalhadores em resultado da incompetência da gestão do PT”, afirmou o deputado federal César Colnago (PSDB-ES). Na avaliação do parlamentar, a gestão de Dilma Rousseff falhou ao promover o estímulo do consumo de energia elétrica sem preparar a infraestrutura necessária para atender a demanda.
Redução
A diminuição do preço da energia ao consumidor final foi anunciada pela presidente em setembro de 2012. A medida foi criticada pela ausência de negociação com as concessionárias estaduais.
Também dificultou a implementação do projeto idealizado pela petista foi a ocorrência de chuvas abaixo do inferior, no início de 2014, o que levou à utilização máxima das usinas térmicas – que produzem energia mais cara e mais poluente.
“Se o governo tivesse investido com mais qualidade no setor, não passaríamos por isso. Mas trata-se de uma gestão marcada pela falta de planejamento”, condenou Colnago.
Petrobras
A Folha revela que R$ 42 bilhões serão pagos pela Petrobras para o socorro ao setor elétrico. O jornal menciona que, na opinião de especialistas, a ação “drena o caixa” da estatal e prejudica os investimentos em etanol.
“É mais uma ação do PT no sentido de destruir a Petrobras, que já foi uma das empresas mais valiosas do mundo e hoje está com problemas financeiros sérios. De apagão em apagão, o PT está levando a escuridão a todo o Brasil”, destacou César Colnago.