PSDB – RN

“O El Dourado inexistente”, por Valério Marinho

Valério Marinho, presidente do PSDB-RN
Valério Marinho, presidente do PSDB-RN

A nação assistiu estarrecida o pronunciamento da Presidente, em prestação de contas que pintava o nosso país como “el dourado” dos trópicos. Em sua locução, maldizia todos aqueles que não perfilavam a cartilha do PT e praticamente os colocava como brasileiros passiveis de imediata extradição. Em seu entusiasmo chegou ao ponto de adotar o jargão dos tempos ditatoriais, dando a entender a existência de forças subjetivas, ameaçadoras da estabilidade nacional, colocando a opção de que nosso país se encontra na situação de que é obrigação amá-lo e, em caso negativo, deve-se deixá-lo.

Esquece Sua Excelência que a história é outra. Há pouco tempo em solenidade de comemoração dos 25 anos da Constituição agraciaram o ex-presidente Lula com a medalha de mérito, quando todos sabem que o PT não votou aprovando-a. Contrassenso. Ainda na esteira da hipocrisia politica, também foi o partido da presidente que votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra o PROER, contra a Bolsa Educação e até contra a eleição de Tancredo.
Pois bem, decorrido dez anos de uma administração petista, o modelo demonstra agora a sua falência. É uma parede de açude velho e pelos furos desta vazam a vontade de criação de um projeto de censura à imprensa, a existência de um partido único, posto que aqueles que não são petistas, são inimigos do país. Vaza ainda o índice pífio do PIB Brasileiro, a inflação contínua e incontida, os impostos nos serviços públicos, como o da energia e, além da alta dos combustíveis, silencia a mensagem presidencial sobre segurança, em um país onde morrem mais jovens que na Guerra Civil da Síria. Louva-se aumento de carteiras assinadas – ou seja, empregos formais os quais somente existem pela desoneração da folha de pagamento que desobriga o empregador do recolhimento da parcela previdenciária.
Na verdade, o presente de Natal que o trabalhador brasileiro recebeu foi a demissão dos empregados da GM em São José dos Campos, sem que nenhuma negociação tivesse sido previamente negociada para utilização da mão de obra qualificada em outra fábrica. Que não se alongue ainda mais as críticas sobre Educação e Saúde, as quais hão de merecer uma análise mais aprofundada em outro momento. Porém, o país não pode ser, mais uma vez, vítima de promessas conformadoras de um projeto eleitoreiro, cuja bolsa família, na forma que é utilizada, torna-se uma moeda eleitoral, pelo desvirtuamento de seu real objetivo.
O Nordeste espera pela transnordestina, pela transposição do Rio São Francisco, pela competitividade de sua indústria e pela valorização do homem na preservação de sua dignidade sem enganos, palavras vazias e promessas não cumpridas. O povo na rua exige mudanças. Esse elemento catalizador do processo eleitoral que se avizinha e as mudanças virão através dos projetos que a oposição tucana, no momento oportuno, e obedecendo ao rito eleitoral, irá expor ao povo brasileiro.
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