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Operação Porto Seguro: Dois anos depois, acusados mantêm emprego no governo

policia_federal__marcelo_camargo_abr_0-300x225Brasília (DF) – A Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, deixa rastros mesmo dois anos após ter vindo à tona. Dos 24 citados no escândalo, 10 mantêm seus cargos no governo, com salários de até R$ 21,4 mil. Reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira (26) mostrou ainda que a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo e amiga de Luiz Inácio Lula da Silva, Rosemary Noronha, mantém mistério sobre sua vida profissional.

De acordo com a publicação, Rosemary, uma das principais integrantes do esquema responsável pela venda de pareceres técnicos em órgãos públicos federais, não revela como tem se sustentado. A família dela inaugurou, no início do ano, uma escola de inglês para crianças em bairro nobre de São José dos Campos (SP).

O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) lembrou que, apesar de ninguém ser considerado culpado até que se prove, qualquer suspeito deve se afastar das atividades enquanto prova a sua inocência. “O grande problema é que, neste governo, os julgamentos não acontecem e pessoas envolvidas em escândalos gravíssimos como o da Operação Porto Seguro continuam trabalhando para o governo. É inadmissível”, criticou.

Durante as investigações que levaram à descoberta da quadrilha, foi constatado que Rosemary e o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira planejavam abrir uma escola de inglês. A Red Ballon, já aberta, está em nome das duas filhas de Rosemary e de seu ex-marido, José Claudio de Noronha, também acusado de participar do esquema.

Para o tucano, “o principal elemento da corrupção é a impunidade”. “Cada vez mais, vemos o Brasil produzir uma bola de neve de grandes escândalos de corrupção e desvio de dinheiro. Esse é apenas mais um, que depois de dois anos sem progresso, está vindo à tona. Esperamos que a verdade seja descoberta e a providência tomada em caráter de urgência”, afirmou.

Segundo a reportagem, a filha de Rosemary responsável pela escola, Meline, recusou-se a conversar com O Globo na semana passada. O advogado da ex-chefe, Celso Vilardi, informou que não faria comentários sobre o funcionamento da escola.

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