Brasília (DF) – Os doze maiores projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), chamados estruturantes, ficaram R$ 42 bilhões mais caros de 2010 para cá, como mostra reportagem publicada hoje no “Valor”. Em dezembro daquele ano, custavam R$ 131,6 bi; agora, R$ 174,3 bi.
Em seu comentário na Rádio CBN, Miriam Leitão disse que um dos casos mais impressionantes é o da ferrovia Norte-Sul, a Transnordestina que, além de ter aumentado muito, teve uma alta recente. Dia 18 de fevereiro deste ano, estava em R$ 6,9 bi.
O “Valor” conseguiu, então, pela lei de acesso à informação, dados de 17 de abril, quando já estavam em R$ 7,5 bi. Ou seja, em dois meses, o custo aumentou R$ 518 milhões. Já o da transposição do Rio São Francisco saiu de R$ 4,8 bi em dezembro de 2010 para R$ 8,2 bi agora. A hidrelétrica Santo Antônio, de R$ 14 bi para R$ 19 bi. Jirau, de R$ 9,6 bi para R$ 16,6 bi e, segundo a reportagem, o consórcio diz que já deve estar em R$ 17,4 bi.
No caso da refinaria Abreu e Lima, começou-se a gastar dois anos antes de o estudo de viabilidade econômica sair e pegar empréstimo no BNDES. Além do mais, é um escândalo, porque começa com R$ 4 bi e termina em R$ 40 bi.