PSDB – RN

Pró-Sertão já conta com 70 Prefeituras e 50 empresas cadastradas no interior

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Entrevista de Rogério Marinho (PSDB) para O JORNAL de HOJE
(Matéria publicada na edição de 28 de agosto de 2013)

Lançado no início do mês pelo Governo do Estado, o programa Pró-Sertão já registra índices positivos nas adesões de empresas e Prefeituras do interior em todo o Rio Grande do Norte. Nessas pouco mais de duas semanas, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) registrou cerca de 50 cadastros de pequenas empresas e 70 de prefeituras que se interessaram em aderir à iniciativa.

Ao Jornal de Hoje, o titular da pasta, Rogério Marinho, apresentou projeções otimistas com relação ao projeto. O secretário detalhou o andamento e traçou planejamentos para ações imediatas e a longo prazo no Pró-Sertão. Confira a seguir a entrevista.

O Jornal de Hoje – Secretário, o programa atingiu a marca de 50 empresas e 70 prefeituras cadastradas, no Estado. Esse número corresponde às expectativas traçadas pela Sedec?
Rogério Marinho – Na verdade esse número está acima do que esperávamos para essa primeira quinzena de inscrições. Esses dados já correspondem a quase metade de todo o Rio Grande do Norte, ou seja, o saldo desse primeiro momento não poderia ser mais positivo.

JH – E como será executado o Pró-Sertão?
RM
– O programa consiste em uma série de incentivos a pequenas empresas do interior do Estado que atuam no ramo de confecções, num primeiro momento. Através de parcerias firmadas com grandes indústrias do setor, como Guararapes e Hering, essas facções – como são chamadas – terão incentivos e escoamento para sua produção, o que acarretará forte desenvolvimento na produção fabril no RN. O projeto está dando tão certo que já há um acordo com outra marca parceira, a R.M. Nor, que também deve participar das ações, gerando ainda mais oportunidade de crescimento para a indústria do Estado. Quanto aos cadastros, eles serão feitos de maneira gradativa. Vamos estabelecer um cronograma para agendar os treinamentos de acordo com as necessidades das corporações que receberão as mercadorias. Não adianta tentarmos fazer tudo de uma vez, não faria sentido. É preciso fazer tudo embasado em estudos, com base em uma logística predefinida, para que minimizemos a margem de erro nas atividades. A ideia é que, até o fim do projeto – em 2018 – consigamos atingir todo o Estado. Nesse primeiro ano o foco deve ser preferencialmente nas regiões do Seridó e do Trairi, que já possuem uma estrutura aceitável, o que permitirá início rápido no projeto.

JH – Existe possibilidade de ampliar o programa para outras áreas do setor industrial?
RM
– Claro que temos uma expectativa muito boa, mas antes de pensar nisso é necessário consolidar o trabalho inicial. Apesar de o Pró-Sertão ser auto-sustentável, é imprescindível que a execução nas práticas seja feita de maneira absolutamente responsável. Estamos totalmente envolvidos com a viabilização das ações originais, que foram planejadas para o setor têxtil, o que não descarta sobremaneira as possibilidades futuras de ampliação que contemplem outras áreas.

JH – Qual a importância das parcerias para o sucesso na execução do projeto?
RM –
A participação de entidades como o Sebrae/RN e o Senai é primordial, por conta dos treinamentos e da consultoria que é oferecida aos participantes. É esse trabalho que vai garantir o sucesso de cada um na empreitada e evitar que se desperdice tempo e dinheiro no andamento do processo. Outro apoio importante veio do Banco do Nordeste, que saiu na frente e criou um programa de crédito específico para o Pró-Sertão, liberando financiamento para investimentos fixos e capital de giro, com juros anuais de 3,5%, carência de um ano e prazo de pagamento que vai de três a cinco anos, dependendo do caso.

JH – E com relação à burocracia para regularização dos empreendimentos, qual o posicionamento adotado pela Sedec?
RM –
Temos boas notícias com relação a esse quesito. Com a implantação da Rede Nacional de Simplificação do Registro de Empresas e Negócios (Redesim) pelo Governo do Estado, o processo de formalização das facções será bastante otimizado. Além disso, outro entrave que encontrávamos era a lentidão no processo de licenciamento ambiental, mas com o projeto de lei para instalação do Sistema de Licenciamento Ambiental Eletrônico (Sislia) já em tramitação na Assembleia Legislativa, esse impedimento também deve cair por terra.

JH – No tocante à geração de empregos, quais as previsões para os quatro anos do programa?
RM –
As expectativas são cautelosas, projetamos a criação de 20 mil vagas diretas até dezembro de 2018, mas é importante considerar que esse número é muito conservador. A reboque desses 20 mil empregos diretos, vêm outros 20 mil indiretos, fora que o sucesso inicial do Pró-Sertão chamou a atenção de outras grandes corporações, que já entraram em contato demonstrando interesse em participar do programa. Nesse primeiro momento, vamos manter as ações focadas apenas nos grupos que já haviam acertado a participação, mas a tendência é que novas oportunidades surjam, permitindo crescimento ainda maior na economia do RN.

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