Brasília – Os deputados federais Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) cobraram, nesta quarta-feira (2), explicações sobre o relacionamento entre o deputado federal André Vargas (PT-PR), vice -presidente da Câmara, e o doleiro Alberto Yousseff. Reportagem da Folha de S. Paulo informou que o petista viajou em um avião emprestado pelo doleiro e o ajudou em negociações no Ministério da Saúde.
Yousseff está preso pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. Ele foi detido após a deflagração da operação Lava-Jato da PF, que prendeu também o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Os tucanos contestaram também as declarações do presidente do PT, o deputado estadual Rui Falcão (SP), que definiu a relação entre Vargas e Yousseff como não sendo “um problema do partido”.
“É, sim, um problema do PT. E não só do PT, como do Congresso e da Sociedade. A partir do momento em que temos uma denúncia de um servidor público envolvido com situações irregulares, não necessários todos os esclarecimentos”, ressaltou Macris. Azambuja acrescentou que espera que o Congresso tenha acesso aos documentos da Polícia Federal ligados à investigação sobre Yousseff.
Em seguida, o parlamentar ressaltou que: “Nós [deputados federais] poderíamos requisitar essas informações, o que nos ajudaria a prestar os esclarecimentos que a sociedade espera. Estamos falando de um quadro de maior relevância do PT, que mostrou ter ligações próximas com alguém preso pela polícia”, ressaltou.
Os tucanos reiteraram a ligação que o episódio tem com a Petrobras, pela prisão do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, e pelo fato de a empresa estar no centro dos debates políticos nas últimas semanas.
“As investigações da Lava-Jato chegaram a um importante ex-diretor da Petrobras. Ou seja, é um cenário que ainda está muito nebuloso. Não dá para não buscarmos mais informações”, disse o tucano. Macris endossou a opinião, mas acrescentou: “Temos que cobrar esclarecimentos, mas não podemos nos desviar de nossa prioridade de momento, que é a instalação da CPI da Petrobras”.