O ano de 2015 foi marcado pela consolidação de importantes instituições brasileiras como, por exemplo, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal. Essa é a opinião do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que avalia os últimos acontecimentos no cenário político como o início do renascimento da dignidade e a renovação das esperanças frente a prevalência da impunidade sobre a justiça.
Para o senador tucano, o ano que está prestes a acabar estabeleceu um marco de um novo rumo, uma nova justiça e certamente maior solidez das instituições. “Aqui no Congresso o Senado procurou, apesar da crise política, contribuir com a participação ativa propositiva. Nós não deixamos de deliberar em que pese a crise. Votamos muito e, apesar da tensão, o senado produziu no plano legislativo como sempre”, explica.
Entre as propostas apresentadas durante o período legislativo, Álvaro Dias destaca alguns projetos na área de combate à corrupção. “Nós relatamos alguns projetos, entre e eles, o que torna a corrupção na administração pública crime hediondo. Procuramos torna-lo ainda mais rigoroso e ampliado com a inclusão do crime de concussão e peculato. Aprovamos recentemente um relatório a emenda constitucional do senador Aécio Neves, que procura reduzir o número de cargos comissionados estabelecendo a meritocracia como caminho para a preenchimento desses postos”, relembra.
Outra proposta mencionada pelo senador foi a emenda constitucional que torna o transporte público uma obrigação do Estado e um direito do cidadão inserindo na constituição esse direito para o povo brasileiro.
No entanto, as expectativas do senador para 2016 não são animadoras. “Será um ano de crise aguda no plano político sobretudo com necessidade de cassação de mandatos, da continuidade da Operação Lava –Jato e algumas prisões que certamente afetarão o poder legislativo e a política brasileira”, prevê Alvaro.
Ele conclui dizendo que o próximo ano será de bastante nervosismo político o que elevará o grau de tensão existente aprofundando a crise econômica. “É uma previsão lamentável, mas que certamente ocorrerá. Nós teremos mais inflação, mais recessão, mais desemprego, com o governo ainda indefinido. Teremos que continuar no senado batalhando por essas reformas, reivindicando mudanças estruturais que possam oferecer ao país perspectiva de recuperação econômica”.