Brasília (DF) – A CPI do BNDES aprovou ontem (8) a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da OPR Consultoria e da agência Pepper Comunicação Integrada, responsável pelo marketing digital do PT e a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. As informações são do Valor Econômico desta sexta-feira (9).
De acordo com a reportagem, as duas agências são investigadas pela Polícia Federal na Operação Acrônimo, relacionada a irregularidades na campanha eleitoral do ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais.
A CPI requisitou também informações sobre conta bancária na Suíça atribuída à Pepper para recebimento de recurso da Queiroz Galvão. A suspeita é de que a mulher do governador de Minas seja sócia oculta da agência.
Além disso, também foram apontados contratos do banco com a Pepper, que, por sua vez, repassaria dinheiro para a Oli Comunicação e Imagem, da mulher de Pimentel.
O PSDB pediu cópia do contrato firmado pela empresa com o BNDES e quebra de sigilos bancário e fiscal dos sócios administradores da empresa. O partido pediu ainda a quebra dos sigilos da OPR Consultoria. Segundo a PF, a empresa teria recebido recursos do Sindicato da Indústria Mineral de Minas Gerais, (Sindiextra), sendo Pimentel o destinatário final.
Na próxima semana, a CPI do BNDES também ouvirá o ex-ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge e o sobrinho da primeira esposa do ex-presidente Lula, Taiguara Rodrigues dos Santos. Eles estão relacionados a suspeitas que envolvem diretamente o ex-presidente, que teria atuado em favor da Odebrecht em negociação de um investimento na Namíbia.