Brasília (DF) – O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) está, novamente, no centro de uma polêmica. Dessa vez por conta de um erro na contabilidade da instituição, que causou uma correção bilionária em seu patrimônio: de R$ 66,3 bilhões para menos da metade, R$ 30,7 bilhões em 31 de dezembro de 2014.
As informações são de reportagem desta terça-feira (22/12) do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com atas de reuniões do conselho do Banco Central, enviadas à CPI do BNDES, a correção monetária foi causada por um erro no tratamento contábil a ser dado aos recursos que o Tesouro injetou na instituição. O valor que era para constar como dívida acabou sendo computado como patrimônio líquido.
O processo de ajuste das contas envolveu o BC e obrigou quatro bancos estatais – BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco da Amazônia – a também corrigirem informações contábeis, desde o fim de 2013.
A diferença no caixa acabou sendo de R$ 8,1 bilhões para o BB, R$ 35,9 bilhões para a Caixa e R$ 982 milhões para o Banco da Amazônia.
Segundo o Banco Central, a falta de padrão na prestação de contas se deu porque os quatro bancos interpretaram incorretamente uma norma de 2013 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que diz que os empréstimos do Tesouro devem constar como dívida, e não como parte do patrimônio.
