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Goiânia tem menor número de homicídios em três anos

4 de janeiro de 2016
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seguranca-goias-foto-divulgacaoGoiânia terminou 2015 com queda de 12,08% no número de registros de homicídios dolosos, em comparação com 2014. Com 553 casos – 75 a menos que no ano anterior, que teve 628 -, a capital também teve o menor número de ocorrências do tipo dos últimos três anos. Os dados são do Observatório de Segurança da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás. Em relação à taxa por 100 mil habitantes, metodologia internacionalmente utilizada para análise de indicadores de violência e criminalidade, a queda foi maior, chegando a 13,21%. O estado de Goiás é administrado por Marconi Perillo (PSDB).

As informações do Observatório de Segurança demonstram também que a capital registrou queda no número de homicídios no quatros trimestres do ano, sempre no comparativo com períodos idênticos de 2014. Em números absolutos, houve recuo de 11,6% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2014 e de 5,5% em comparação ao terceiro trimestre de 2015.

A evolução mensal dos registros revela, ainda, que houve queda em oito meses do ano, em comparação com o mês respectivo de 2014. Em apenas três houve elevação nesse tipo de comparativo. Em setembro, houve o mesmo número tanto em 2015 quanto em 2014.

Os dados do Observatório de Segurança confirmam que a redução no número de homicídios dolosos ocorreu em praticamente todas as regiões da capital. Seis das sete Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) obtiveram decréscimo. Proporcionalmente, a Aisp Sul alcançou a maior redução, no comparativo com o ano anterior, com 25%. A Aisp Sudoeste fica em segundo lugar, com 24% casos a menos.

Marcos
A análise da série histórica, iniciada em 2011, quando a SSP-GO estruturou a Gerência de Análise Criminal, hoje Observatório de Segurança – permite constatar que 2015 registrou marcos significativos na redução de homicídios dolosos na capital. Novembro, por exemplo, teve o menor registro de casos para o mês dos últimos quatro anos. Outro dado significativo é que 504 bairros de Goiânia, o que corresponde a 71% do total de 706 registrados na Prefeitura, não tiveram nenhum registro de homicídio doloso no período (veja quadro).

Esses dados reforçam a melhoria de Goiânia apontada por publicações nacionais sobre criminalidade e violência, como o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em outubro, a publicação já havia detectado que a capital goiana recuara no ranking brasileiro de homicídios dolosos. Segundo o Anuário, em sua edição de 2015, Goiânia havia recuado da 9ª para a 11ª posição entre as capitais com maior taxa de homicídios por habitante. Com os dados de 2015, a tendência, segundo o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Joaquim Mesquita, é que ocorra um recuo ainda mais significativo nas próximas edições do Anuário.

Mesquita destaca, ainda, que a queda do indicador em Goiânia, mesmo em um ano de crise financeira em todo o País e que se refletiu no Estado, foi possível graças ao trabalho integrado das forças policiais, baseado em um foco no planejamento e Inteligência. “A inauguração Centro Integrado de Inteligência Comando e Controle, no final de 2014, tornou a ação policial muito mais ágil e focada nas manchas criminais”, explica.

O CIICC, considerado um dos melhores do País pelo Ministério da Justiça, permite o acompanhamento em tempo real das ocorrências, posicionamento das viaturas, monitoramento de presos por tornozeleiras eletrônicas e uma série de outras ferramentas que permitem o uso intensivo da Inteligência no combate à criminalidade.

Comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Silvio Benedito Alves explica que a corporação adotou, durante 2015, uma ação mais contundente dos grupamentos especiais. Segundo o comandante-geral, equipes do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), do Grupamento de Intervenções Rápidas Ostensivas (Giro) e das Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) atuaram em conjunto com o Comando de Policiamento da Capital, o que trouxe bons resultados para o policiamento preventivo.

Já o delegado-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, ressalta que o trabalho investigativo resultou em operações que desarticularam grupos e culminou com prisões importantes. Um dos exemplos foi o desbaratamento de duas quadrilhas de traficantes que atuavam em Goiânia e que, juntas, são suspeitas de mais de 30 homicídios ocorridos nos últimos anos devido à disputa por pontos de tráfico na capital.

Do governo de Goiás

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