Brasília (DF) – O secretário de Saúde de São Bernardo do Campo e o futuro ministro de Saúde, Arthur Chioro, disse que pediu afastamento da empresa Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda, em que era sócio-majoritário desde 1997. Chioro afirmou que cedeu suas ações para a mulher, Roseli Regis dos Reis.
O senador Cyro Miranda (PSDB-GO), da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, disse que “mais uma vez, o PT faz suas escolhas pela porta dos fundos”. “Dilma errou feio”, afirmou o tucano de forma enfática referindo-se ao fato de ela indicar ”alguém que está sob investigação do Ministério Público” para o Ministério da Saúde.
“Com essa notícia, fica provado um problema ético na gestão de Chioro e é pura e simplesmente absurdo que ele, de fato, assuma o Ministério”, afirmou Miranda.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira (24), lembra que Chioro substituirá Alexandre Padilha a convite da presidente Dilma Rousseff. Perguntado sobre o assunto, o secretário foi categórico ao afirmar que não há “nenhuma irregularidade” em atuar, ao mesmo tempo, como secretário e sócio de uma empresa que presta consultoria também na área de saúde.
Investigação
O MP de São Paulo instaurou, em setembro de 2013, um inquérito para verificar se houve improbidade administrativa na gestão de Chioro. Caso seja comprovada alguma irregularidade, o senador disse ser obrigatória a utilização da Lei da Ficha Limpa.
“O MP precisa acelerar o julgamento e comprovar se houve ou não improbidade nesse caso”, pediu o parlamentar. “É tudo uma jogada do PT. Com eles, pode tudo. Só que vamos mostrar que não é bem assim”, concluiu Miranda.