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“O governo da presidente Dilma acabou”, diz Aécio em entrevista à Folha

21 de dezembro de 2015
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aecio-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comentou, em entrevista à Folha de S. Paulo desta segunda-feira (21), os últimos anos do governo da presidente Dilma Rousseff. O tucano criticou o PMDB e afirmou que o PSDB não pode se aliar a uma gestão que não sabe “de que forma se colocará”.

De acordo com o senador, a gestão da presidente Dilma Rousseff fez o Brasil retroceder 20 anos. “O governo da presidente Dilma acabou. Esta é a constatação. E acabou de forma trágica, fez o Brasil retroceder 20 anos nas conquistas econômicas, na credibilidade e também nas conquistas sociais, na vida das pessoas”, apontou.

Entre as razões para o retrocesso, Aécio citou a alta de índices de extrema importância para o brasileiro, como o desemprego e a inflação. “Vamos ter um desemprego de mais de 10% e a inflação também acima de 10%. O conjunto da obra é algo que talvez nem o mais pessimista dos brasileiros imaginaria. O que resta agora é definir qual é o instrumento para que ela saia. O governo já não existe”, explicou.

Em relação às condições do vice-presidente Michel Temer assumir a Presidência em caso de impeachment, Aécio defendeu que o vice terá “muitas dificuldades”. “Se for para manter esse ‘modus operandi’ no qual o PMDB se especializou ao lado do PT nesses últimos anos, terá muitas dificuldades. Tenho respeito pessoal pelo presidente Michel, mas ele terá que demonstrar um rompimento claro com tudo isso para ter o nosso apoio. E tenho uma convicção pessoal: só enxergo o Brasil resgatando sua credibilidade e esperança no momento em que um novo governo for eleito. E, obviamente, essa legitimidade do voto faltará ao presidente Michel”, completou.

Ainda em caso de impeachment, Aécio foi questionado sobre a possibilidade de integrar a gestão do vice-presidente Michel Temer. O tucano criticou o PMDB e afirmou que Temer foi um “instrumento desse governo que acabou com o Brasil”.

“O método será o que vigorou na última década, do qual o PMDB foi parceiro? Da distribuição de nacos do poder sem qualquer critério? Não falo de um passado remoto, falo de meses atrás. Com a participação do PMDB, a máquina pública vem sendo degradada, ocupada, assaltada por membros de várias forças partidárias. O PSDB não pode perder a referência que tem hoje e não colocará a sua determinação de construir um novo modelo de país para ocupar cargos. Isso não significa que vamos virar as costas para um eventual governo do vice”, avaliou.

Insustentável

Sobre a permanência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o tucano avaliou a situação como “insustentável”. “Acho que a situação dele chegou a um ponto insustentável. As denúncias se avolumam, as respostas são muito pouco consistentes e o processo do Eduardo Cunha, de alguma forma, se coloca como diria o poeta da minha terra: “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. Tem o Eduardo Cunha no meio do caminho e essa questão terá que ser resolvida”, concluiu.

Leia aqui a íntegra da entrevista.

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