Os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) caíram 40% em um ano. Os dados oficiais são do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), compilados pela organização Contas Abertas.
Nos primeiros 11 meses de 2014, os desembolsos do PAC, em valores atualizados pela inflação, chegaram a R$ 58,7 bilhões. Em 2015, o total pago pelo governo chegou a apenas R$ 34,9 bilhões, uma redução de R$ 23,7 bilhões, conforme matéria publicada hoje (1) no jornal O Estado de S. Paulo.
Os mais afetados por essa situação foram os donos de grandes obras dentro do PAC. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a estatal Valec, estão entre os mais prejudicados pelos cortes.
Entre janeiro e novembro de 2014, em preços ajustados pela inflação do período, o Dnit registrou R$ 8,9 bilhões em pagamentos. No ano passado, o desembolso foi de apenas R$ 5,4 bilhões no mesmo intervalo – 40% menos.
Na Valec, as ferrovias que chegaram a receber investimentos de R$ 2,4 bilhões em 2014. Em 2015 viram seus pagamentos caírem para R$ 1,6 bilhão, uma redução de R$ 800 milhões que levou à paralisação de obras, atrasos nos pagamentos de empreiteiras e adiamento de compra de itens básicos, como trilhos.