PSDB – RR

Minha Casa Minha Vida: demora nos repasses às construtoras gera atrasos nas obras e demissões

 Minha casa Minha Vida Foto DivulgacaoAs construtoras responsáveis pela execução das obras do programa habitacional do governo federal Minha Casa Minha Vida não estão recebendo os repasses.O problema ocorre praticamente em todas as regiões do país.E em especial, no Nordeste, que, de acordo com dados do Ministério das Cidades, concentra 25% das unidades habitacionais populares.A questão dos atrasos nos repasses não é nova. E com isso, a crise no setor que começou no fim de 2014, ao que tudo indica, não tem prazo para encerrar.

Resultado: atraso nos empreendimentos, inclusive pela falta de recursos para a aquisição de materiais destinados à continuidade das obras dos empreendimentos, e também demissões.

As informações constam em matéria publicada na edição online do jornal “O Estado de S.Paulo”.

Intitulada “Minha Casa Minha Vida deixa rastro de obras inacabadas e demissões”, a matéria também foca o problema da perda de emprego em âmbito regional, já que em função dos atrasos nos repasses dos recursos federais, as construtoras não estão encontrando outra saída que não seja a dispensa de empregados.

É o caso dos estados do Nordeste.

“Na região, que tem o maior desemprego do País, a construção lidera os cortes em seis Estados, segundo o Caged. Não há dados sobre o impacto do Minha Casa nos cortes. No Rio Grande do Norte, porém, o sindicato das construtoras, Sinduscon, afirma que um terço das demissões está concentrado no programa”, segundo o jornal.

Em entrevista, o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, avalia que os percentuais tendem a ser maiores.

E explica: quem espera pela casa própria terá de ter paciência. “Tenho 400 unidades previstas para fevereiro que vou entregar em novembro. Isso se a situação dos pagamentos se resolver”.

Em São Paulo, o cenário não é diferente. Permanece a tendência de cortes.

O jornal destaca que “o Sinduscon-SP prevê que o setor como um todo corte 475 mil empregos no País em 2015. Segundo o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, esse cálculo considera que os problemas no Minha Casa serão resolvidos rapidamente. “Se isso não ocorrer, o número sobe.”

Confiança – Aliado a isso, ao que tudo indica, o Minha Casa Minha Vida, que até o ano passado era considerado, no âmbito da construção civil, um programa seguro, do ponto de vista de mercado, hoje apresenta outra perspectiva.

A matéria se refere a números de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em dezembro passado.

Conforme o levantamento, na ocasião, “os empresários ligados ao programa tinham confiança de 96 pontos, superior à dos que dependiam do setor privado (86,6). Em junho de 2015, a situação se inverteu: os empresários do Minha Casa tinham confiança de 53,5 pontos, contra 58,8 dos privados.”

Acesse aqui o link da matéria
Ver mais