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TCU apura responsabilidade de Dilma Rousseff em prejuízo de R$ 2,8 bilhões em refinarias da Petrobras

Dilma Abr 2Brasília (DF) – Após rejeitar as contas públicas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014, o Tribunal de Contas da União (TCU) deve agora apurar se a petista e outros ex-conselheiros da Petrobras tiveram alguma responsabilidade no prejuízo de R$ 2,8 bilhões causados pelo cancelamento dos projetos de duas refinarias da Petrobras, a Premium 1, no Ceará, e a Premium 2, no Maranhão.

Dilma ocupou a cadeira de presidente do Conselho de Administração da Petrobras entre 2005 e 2010. De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira (5/11) pelo jornal Folha de S. Paulo, o TCU aprovou na quarta-feira (4/11) um processo em que os conselheiros e diretores da estatal terão que apresentar justificativas para os prejuízos apontados no balanço da empresa.

Para o deputado federal João Castelo (PSDB-MA), o episódio do cancelamento dos projetos foi “lamentável”, especialmente no Maranhão, já que a construção da refinaria era muito antecipada pela população local.

“Esse projeto da refinaria Premium foi lançado pelo governo lá com muita repercussão, muita importância. Muita gente do estado se sacrificou para investir, para participar, para construir, porque sem dúvida alguma um projeto como esse seria uma alavanca de desenvolvimento no estado”, afirmou.

“A decepção do Maranhão foi brutal”, acrescentou o parlamentar. “Lamentavelmente, a percepção que o povo do Maranhão tem é que foi um blefe, um engano. Não foram corretos com o Maranhão ao lançar aquele projeto e depois simplesmente tomar as providências que tomaram. Houve só prejuízo para todo mundo, e o que a gente tem é a lamentar. Julgar e condenar alguém cabe aos órgãos fiscalizadores. Então, que o TCU apure, cumpra com o seu dever e informe ao povo brasileiro e, particularmente, ao povo do Maranhão”, completou Castelo.

Negligência

Os técnicos do Tribunal também investigam as decisões do conselho da Petrobras para outras duas refinarias: a Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Comperj, no Rio de Janeiro. Para o relator do processo, ministro José Múcio Monteiro, o conselho da estatal foi “negligente”, já que as obras foram aprovadas sem houvesse nenhum projeto. Segundo funcionários da estatal, aumentos inviáveis de custos foram informados, e os conselheiros escolheram ignorá-los.

Dilma também já foi alvo do TCU no processo que apura os prejuízos na refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Naquele caso, falhas levaram a um prejuízo estimado em US$ 792 milhões, cerca de R$ 3 bilhões.

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