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Patrimônio de filho de amigo de Lula salta de R$ 3,8 mi para R$ 273 mi entre 2004 e 2012

Lula-acusa-imprensaO patrimônio declarado de Maurício Bumlai, filho do pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela Operação Lava Jato e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve um expressivo salto em um curto período de oito anos. Os valores passaram de R$ 3,86 milhões, em 2004, para R$ 273,80 milhões, em 2012, de acordo com o documento Informação de Pesquisa e Investigação PR20150042, feito pela Receita Federal. As informações são de reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta segunda-feira (30/11).

Ainda segundo a matéria do Estadão, o documento feito pela Receita foi anexado ao pedido de prisão de Bumlai encaminhado para a Procuradoria Geral da República. Ele deve ajudar a embasar o inquérito que causou as prisões do senador petista Delcídio Amaral e do banqueiro André Esteves, dono do banco BTG Pactual. Ambos foram presos por tentar obstruir as investigações da Lava Jato.

Além do nome de Maurício, a análise feita pela Receita a partir da quebra dos sigilos fiscais da família Bumlai identificou também uma evolução patrimonial suspeita de Fernando Bumlai, outro filho do amigo de Lula. No mesmo período analisado, seu patrimônio pulou de R$ 3,28 milhões para R$ 59,22 milhões. A partir destes números, as suspeitas são de que ambos os irmãos se beneficiaram de uma negociação suspeita realizada em 2012 envolvendo negócios da família Bumlai e o banco de Esteves. A reportagem cita a participação do BTG Pactual na reestruturação financeira de uma usina e na compra de uma fazenda dos filhos de Bumlai no valor de R$ 195 milhões.

Um documento assinado pelo auditor fiscal da Receita Federal Roberto Leonel de Oliveira Lima no dia 11 indica, ainda, a participação de Cristiane Bumlai, também filha do pecuarista, nos negócios com o BTG Pactual. “Além de Maurício Bumlai ter se beneficiado deste expressivo recurso decorrente da venda do imóvel rural, como já citado, verificou-se que declarou ter contraído, adicionalmente, suposto mútuo de R$ 50 milhões, metade concedida por cada um dos irmãos Fernando e Cristiane, cujo vencimento seria em 2014, não quitado”, aponta o documento da Receita Federal.

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