O setor de construção pesada, em São Paulo, deve parar de cortar funcionários, de acordo com o sindicato paulista da indústria. Esse ramo, que perdeu 12,5% dos postos de trabalho ao longo do ano passado, se manteve praticamente estável desde o fim de 2016, com apenas uma leve retração no primeiro semestre deste ano e dois aumentos consecutivos entre maio e junho. O deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB-SP) ressalta como o momento inspira retomada econômica.
“O emprego no Brasil voltou a dar uma melhorada no geral. A esperança nossa é que o Brasil volte a crescer, e o setor da construção civil volta também a mostrar sinais de crescimento. Tudo isso tem contribuído para que a gente possa fazer com que em São Paulo a coisa não tenha sido assim tão agressiva. De qualquer forma, o Brasil, no geral, está mostrando sinais de crescimento. Por isso, nós tivemos bons sinais no mês de maio e agora no mês de junho”, disse.
No fim de junho, o governo do Estado, liderado por Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou um pacote de R$ 360 milhões para novas obras rodoviárias. Ramalho da Construção destaca o empenho da equipe do governo paulista, e elogia a responsabilidade fiscal do governador.
“[São Paulo] É um dos poucos estados que está em dias com as suas dívidas. Tem um governador que é responsável, que tem trabalhado junto com a equipe”, apontou.
A tendência para a área é de um crescimento até mesmo no fim do ano, quando as obras costumam ser interrompidas, e muitas vagas são fechadas por conta das chuvas. Mesmo com as boas projeções, o setor deverá demorar um bom período para se recuperar da retração dos últimos anos: foram demitidos 23 mil trabalhadores entre junho de 2015 e de 2017.