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PSDB define pontos de consenso da reforma política, diz Tasso

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou nesta quarta-feira (9), após reunião da Executiva Nacional do partido, que a legenda definiu pontos de consenso na defesa da reforma política, entre eles a adoção da cláusula de barreira, o fim das coligações proporcionais e o voto distrital misto. O tucano também destacou a importância da implantação do parlamentarismo no Brasil não como solução para a crise política, mas como uma alternativa imediata.

“Nossas posições agora são a da cláusula de barreira, do fim da coligação proporcional já para 2018 e a questão do voto distrital misto, que vamos levar para chegarmos ao parlamentarismo. O parlamentarismo não agora, não como solução de crise, mas o parlamentarismo para 2022”, salientou.

O senador acrescentou que, em sua opinião, o parlamentarismo é a saída mais clara para que o sistema político brasileiro não continue a ter que administrar uma crise “a cada dois anos”.

“A vantagem do parlamentarismo é que não tem crise nisso, e se o Congresso, os deputados e senadores, forem irresponsáveis nessa votação, eles caem também, e isso é o que a população quer”, disse. “Uma das questões da insatisfação da opinião pública em relação ao Congresso tem a ver com isso, porque o Congresso também provoca crises. Constantemente tem provocado crises, sem nenhum tipo de consequência para o Congresso. O parlamentarismo dá consequência aos erros do Congresso”, constatou Tasso.

O presidente interino do PSDB avaliou ainda que o momento de crise enfrentado pelos brasileiros deve levar os partidos políticos a realizarem um “mea culpa”.
“É tapar o sol com a peneira dizer que não existe uma enorme insatisfação da população brasileira com a classe política. Nós precisamos entender o porquê dessa insatisfação, e onde nós erramos. Não vamos ficar cegos diante do que está acontecendo na rua”, apontou.

Debate democrático

Em entrevista coletiva após a reunião da Executiva, Tasso Jereissati também ressaltou o caráter democrático das discussões internas no PSDB. “O partido está unido. Faz parte da história do partido: o PSDB não tem dono. Aqui, as coisas são decididas democraticamente, e nas discussões aparecem sempre opiniões diferentes ou divergentes, mas no básico nós estamos juntos”, considerou.

Dentro desses pontos de consenso está a importância da realização das reformas, seja a política, tributária ou da Previdência. “Em tudo aquilo que faz parte do nosso programa, independentemente de nós estarmos ou não no governo, o governo conta com a gente. Por exemplo, reforma da Previdência, reforma tributária. Tudo aquilo que vier a ser parte do nosso programa, e sempre dissemos isso”, completou o presidente do PSDB.

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