O Brasil precisa urgentemente superar a transição da sociedade industrial para a do conhecimento, a exemplo dos países asiáticos. Ciência, tecnologia e inovação são os propulsores da nova ordem global, impactando diretamente no desenvolvimento econômico e social dos povos e poderio militar das nações.
Nesse contexto, a inserção do Brasil no cenário mundial deve ser objeto de reflexões, e só poderá avançar caso exista uma ampla articulação dos diferentes setores da sociedade que requerem atitudes mais contundentes.
Como em uma construção, inicia-se o alicerce, o ensino básico, ensino fundamental e médio, que devem ser amplamente aperfeiçoados. Se nos últimos anos conseguimos a universalização do acesso ao ensino, continuamos patinando nos índices de qualidade. Além da melhora nas matérias tradicionais, é preciso introduzir a cultura do empreendedorismo nessa fase do ensino e não somente nas universidades.
As nossas universidades têm gerado mais produção cientifica, porém, mesmo com grandes instituições como a USP, Unicamp, UFV e UFMG, não temos ainda uma universidade de classe mundial. Além disso, há muita falha na articulação das instituições de pesquisas, universidades e escolas técnicas com a iniciativa privada e o poder público, que ainda “presenteia” esses atores com uma infraestrutura ridícula e uma burocracia sufocante.
A participação da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento em nosso país ainda é pequena se comparada a outras nações desenvolvidas como EUA e Coreia do Sul. Além disso, falta incentivo do governo, inclusive para promover a internalização da base produtiva estrangeira na geração de conhecimento técnico e tecnológico no Brasil, para que o país possa superar a marca de 2,7% da produção cientifica mundial e 1,3% das exportações, números muito pequenos para um país que deseja ser uma potência mundial.
Não temos que ter complexo de vira-latas quando o assunto é inovação e tecnologia. Quando há esforços e articulação, conseguimos vencer. Exemplos são a nossa indústria aeronáutica, em que a Embraer é destaque mundial, e o agronegócio, que com inestimável auxílio da Embrapa bate seguidos recordes de produtividade. Por outro lado, iniciativas bem-vindas, como o Ciências Sem Fronteiras – que promove a ida de estudantes universitários a instituições estrangeiras –, carecem de articulação com a nossa indústria.
Em Minas, nos últimos anos, essa cultura do conhecimento e do fomento à ciência e tecnologia tem se intensificado. Nós temos o Sistema Mineiro de Inovação (Sime); a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que está cada vez mais fortalecida, visto que, com a coragem de Aécio Neves e Antonio Anastasia, 1% de receita do estado é destinada a essa importante instituição, que, desse modo, conseguiu financiar projetos fundamentais para a geração de conhecimento por meio das universidades e sua utilização atendendo as demandas específicas das empresas; e iniciativas como o Programa Mineiro de Empreendedorismo (PMEPG), que visa aproximar mercado e instituições de pesquisa e a disseminação da cultura do empreendedorismo e invoice nas universidades mineiras.
Minas Gerais ainda tem muito a avançar, como nos parques tecnológicos de Itajubá e Viçosa, que ainda engatinham, e de Belo Horizonte, que luta para crescer. Também nossa participação nas incubadoras brasileiras, de 8%, é muito modesta para quem se propõe liderar essa corrida do conhecimento. Como diz o secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, professor Evaldo Ferreira Vilela, “com determinação e compromisso temos como avançar na economia do conhecimento em prol das próximas gerações”.
*Rodrigo de Castro é deputado federal pelo PSDB de Minas Gerais
**Artigo publicado no jornal Estado de Minas – 11-02-2014
O Brasil precisa urgentemente superar a transição da sociedade industrial para a do conhecimento, a exemplo dos países asiáticos. Ciência, tecnologia e inovação são os propulsores da nova ordem global, impactando diretamente no desenvolvimento econômico e social dos povos e poderio militar das nações.
Nesse contexto, a inserção do Brasil no cenário mundial deve ser objeto de reflexões, e só poderá avançar caso exista uma ampla articulação dos diferentes setores da sociedade que requerem atitudes mais contundentes.
Como em uma construção, inicia-se o alicerce, o ensino básico, ensino fundamental e médio, que devem ser amplamente aperfeiçoados. Se nos últimos anos conseguimos a universalização do acesso ao ensino, continuamos patinando nos índices de qualidade. Além da melhora nas matérias tradicionais, é preciso introduzir a cultura do empreendedorismo nessa fase do ensino e não somente nas universidades.
As nossas universidades têm gerado mais produção cientifica, porém, mesmo com grandes instituições como a USP, Unicamp, UFV e UFMG, não temos ainda uma universidade de classe mundial. Além disso, há muita falha na articulação das instituições de pesquisas, universidades e escolas técnicas com a iniciativa privada e o poder público, que ainda “presenteia” esses atores com uma infraestrutura ridícula e uma burocracia sufocante.
A participação da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento em nosso país ainda é pequena se comparada a outras nações desenvolvidas como EUA e Coreia do Sul. Além disso, falta incentivo do governo, inclusive para promover a internalização da base produtiva estrangeira na geração de conhecimento técnico e tecnológico no Brasil, para que o país possa superar a marca de 2,7% da produção cientifica mundial e 1,3% das exportações, números muito pequenos para um país que deseja ser uma potência mundial.
Não temos que ter complexo de vira-latas quando o assunto é inovação e tecnologia. Quando há esforços e articulação, conseguimos vencer. Exemplos são a nossa indústria aeronáutica, em que a Embraer é destaque mundial, e o agronegócio, que com inestimável auxílio da Embrapa bate seguidos recordes de produtividade. Por outro lado, iniciativas bem-vindas, como o Ciências Sem Fronteiras – que promove a ida de estudantes universitários a instituições estrangeiras –, carecem de articulação com a nossa indústria.
Em Minas, nos últimos anos, essa cultura do conhecimento e do fomento à ciência e tecnologia tem se intensificado. Nós temos o Sistema Mineiro de Inovação (Sime); a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que está cada vez mais fortalecida, visto que, com a coragem de Aécio Neves e Antonio Anastasia, 1% de receita do estado é destinada a essa importante instituição, que, desse modo, conseguiu financiar projetos fundamentais para a geração de conhecimento por meio das universidades e sua utilização atendendo as demandas específicas das empresas; e iniciativas como o Programa Mineiro de Empreendedorismo (PMEPG), que visa aproximar mercado e instituições de pesquisa e a disseminação da cultura do empreendedorismo e invoice nas universidades mineiras.
Minas Gerais ainda tem muito a avançar, como nos parques tecnológicos de Itajubá e Viçosa, que ainda engatinham, e de Belo Horizonte, que luta para crescer. Também nossa participação nas incubadoras brasileiras, de 8%, é muito modesta para quem se propõe liderar essa corrida do conhecimento. Como diz o secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, professor Evaldo Ferreira Vilela, “com determinação e compromisso temos como avançar na economia do conhecimento em prol das próximas gerações”.
*Rodrigo de Castro é deputado federal pelo PSDB de Minas Gerais
**Artigo publicado no jornal Estado de Minas – 11-02-2014