
As parcerias com a iniciativa privada foram apontadas pelo candidato ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB), como solução para investimentos em melhorias e recuperação da infraestrutura gaúcha durante o Tá Na Mesa, promovido pela Federasul, nessa quarta-feira (22), em Porto Alegre.
“A EGR é um erro. Administra estradas sem qualquer responsabilidade para investimentos que obriguem a fazer viadutos ou ampliação de capacidade e isso está errado”, afirmou.
Para Eduardo, a recuperação de rodovias, hidrovias e ferrovias por meio de concessões à iniciativa privada ajudará a alavancar o desenvolvimento econômico. O tucano apontou a necessidade de realizar o ajuste fiscal com uma agenda de crescimento da competitividade para gerar emprego e renda para a população.
O candidato disse que vai propor medidas de reestruturação para conter o avanço da despesa com pessoal e previdência, que reduzem a capacidade de investimento. “Nós teremos que discutir as reformas de estruturas em carreira dialogando com sindicatos e servidores.”
Ele ainda destacou a força política da coligação Rio Grande da Gente (PSDB, PTB, PP, PPS, PHS, PRB e Rede), no intuito de mostrar otimismo na aprovação das propostas que levará à Assembleia Legislativa. A frente conta com 19 deputados na atual legislatura gaúcha.
Segurança Pública
Área prioritária para Eduardo Leite, ele lembrou do candidato a vice, Ranolfo Vieira Júnior (PTB), que já foi chefe da Polícia Civil no Estado e conhece a Segurança por dentro. “Quando a gente entende que o assunto é importante, já na campanha eleitoral temos que trazer para o nosso lado quem entende do tema.”
Para viabilizar a ampliação e qualificação do sistema prisional, aponta parcerias público-privadas como fonte de recursos. A criação da secretaria de Administração Penitenciária está na agenda do tucano.
A prevenção será intensificada com a integração com os municípios e as políticas públicas de Assistência Social, Saúde e Educação, o que possibilita prevenir o crime em áreas de maior vulnerabilidade.
Outro ponto que será visto de perto é a reposição do efetivo na Brigada Militar de ano a ano, para evitar a defasagem ou a nomeação em massa de servidores, o que vai ser realizado com planejamento e de forma a garantir a segurança da população.
Capacidade de diálogo
O candidato salientou que o governador é um líder, não um chefe. Assim, é preciso reconhecer e pedir a ajuda na busca de soluções. “Pode ter certeza que eu quero ajuda da Federasul” afirmou, dirigindo-se a presidente Simone Leite, acrescentando que também o fará em relação aos prefeitos, deputados “E a todos que eu acreditar que tem a colaborar, pois o Estado enfrenta problemas graves. Não é com arrogância que vamos resolver, mas com humildade”, assegurou.
Menos burocracia
Eduardo Leite propõe que o Rio Grande do Sul siga o exemplo de Estados como Bahia e Santa Catarina, que fazem licenças por adesão e compromisso, em que o empreendedor lança a documentação e recebe a aprovação do projeto. Para ele, “o Estado deve ser regulador e fiscalizador, mas não a ponto de limitar a atuação de quem gera riqueza. Queremos um RS altamente empreendedor, concluiu.”