“O número foi apresentado pelo Ministério da Educação à Justiça Federal, que derrubou, nesta terça (12), liminares que prorrogavam o prazo de inscrições no programa federal, inicialmente previsto para 30 de abril. O ministério não chegou a reabrir o sistema.”
É o que informa reportagem sobre o assunto na edição desta quarta-feira (13), do jornal Folha de S.Paulo.De acordo com a matéria, “na semana passada, o ministro Renato Janine (Educação) já havia informado que a pasta chegou ao limite orçamentário disponível (R$ 2,5 bilhões) e, por isso, prorrogar a data teria efeito inócuo.”
A Folha destaca: “[Esse grupo de 178 mil] Poderia gerar impacto orçamentário e financeiro da ordem de R$ 7,2 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão somente em 2015, se considerados o valor médio das semestralidades financiadas”, diz a nota do ministério.
O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) considera o cenário da educação no Brasil preocupante.Ele constata: “O governo infelizmente tratou o Fies como um programa eleitoral, não como um programa para o país.”Com isso, prossegue o tucano, criou-se uma expectativa enorme no estudante, além de imensos prejuízos à população.Segundo o tucano, “não há pátria educadora, há uma pátria enganadora.”
Daniel reitera: “A educação não é prioridade neste governo. O mais triste é usar um programa tão importante, o Fies, como uma falácia.”
Histórico – Os problemas decorrentes de falhas na gestão do Fies têm sido recorrentes.Adotado no segundo mandato de Dilma, o lema “Pátria Educadora”, na realidade, está a mais um passo do fracasso.Em abril, a imprensa noticiou o drama enfrentado por estudantes em função do encerramento das inscrições no programa.Um quadro de frustração, já que milhares deles, em todo o país, ainda não haviam conseguido ingressar no programa de financiamento.
Integrantes da bancada tucana na Câmara ressaltaram a dura realidade enfrentada pelos alunos, o que já corroborava o abismo entre a propaganda oficial e a realidade.Conforme dados da Associação Brasileira de Mantedoras de Ensino Superior destacados pelo jornal “O Globo”, na ocasião, a estimativa era de que 500 mil alunos aderissem ao programa no primeiro semestre.
No entanto, o número final de novos contratos ficou bem abaixo disso.
De acordo com a entidade, o último balanço divulgado pelo MEC aponta 242 mil inscrições – menos da metade.