São Paulo (SP) – Em palestra, na noite desta quinta-feira (10), em Sessão Magna Pública da Maçonaria Paulista, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que o melhor jeito de se garantir saúde, educação e segurança de qualidade para a população é por meio de uma boa gestão. “Não há nenhuma ação social de maior impacto do que a boa aplicação do dinheiro público. Não há ação social de melhor resultado que transparência na gestão pública”, disse a um auditório lotado.
Muito aplaudido pelos presentes, Aécio citou exemplos de sua gestão à frente do governo de Minas Gerais. “Atualmente, 92% das crianças de oito anos de Minas Gerais leem e escrevem adequadamente. Isso não foi feito com dinheiro. Foi feito com gestão, com método e com coragem para enfrentar as dificuldades”, salientou.
“Quem tem muitas prioridades, não tem nenhuma. Precisamos mostrar que o Brasil pode também ser administrado por metas. Podemos transformar um estado hoje perdulário e ineficiente em um estado parceiro, estimulador do setor privado e solidário e generoso para com as pessoas”, acrescentou.
Aparelhamento
Para o presidente nacional do PSDB, uma das principais razões pelas quais o desenvolvimento brasileiro estancou é o “perverso e nocivo” aparelhamento da máquina pública ao qual o país é diariamente submetido.
“Infelizmente, as consequências disso são a qualidade dos serviços públicos cada vez piores, a desqualificação dos servidores e o espaço para a ineficiência e para os desvios, que se tornaram algo absolutamente corriqueiro no Brasil”.
Equação perversa
Aécio Neves também fez críticas à condução que o governo de Dilma Rousseff tem dado ao setor econômico.
“A equação perversa que nos espera, dentro de muito pouco tempo, é esta: inflação alta, crescimento baixo e uma perda crescente da credibilidade do Brasil para os investidores. A grande realidade é que o alinhamento ideológico proposto por esse governo na nossa politica externa tem feito muito mais mal do que bem ao Brasil. O mundo está avançando, prepara sua retomada do crescimento, e nós estamos no final da fila. O Brasil perdeu 10 anos”, considerou.
O senador completou dizendo que a base para as transformações pelas quais o Brasil tem passado nos últimos anos, seja na economia ou nas questões sociais, veio a partir da estabilidade econômica promovida pelo Plano Real, que constituiu pilares fundamentais para a macroeconomia, como o câmbio flutuante, metas de inflação e o superávit primário.
“O governo do PT teve duas virtudes: o esquecimento de toda a pregação anterior e sua adaptação ou conversão a esses pilares macroeconômicos, o que foi absolutamente fundamental para que houvesse um processo de retomada do crescimento, e o adensamento de programas de transferência de renda iniciados por Fernando Henrique”, assinalou.