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Após alerta, Temer determina ações para evitar novo rompimento em Mariana

mariana-300x200Brasília (DF) – Preocupado com os relatos de que haveria risco de rompimento da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, conhecida como Candonga, perto de Mariana (MG), o presidente em exercício, Michel Temer, determinou que a área ambiental e os ministérios de Minas e Energia e da Integração Nacional atuem para resolver a situação. Segundo a pasta do Meio Ambiente, a barragem absorveu boa parte dos rejeitos da barragem da mineradora Samarco, que se rompeu em novembro de 2015.

De acordo com o jornal O Globo desta quinta-feira (21), as paredes do reservatório de Candonga sofrem a pressão de 10,5 milhões de metros cúbicos de rejeitos dragados para lá após o rompimento da barragem do Fundão. Com a aproximação da estação chuvosa, pode ser que a barragem não aguente.

O Ibama informou Temer que o ritmo das ações de emergência da Samarco está lento e o que já foi feito até agora é insuficiente, o que teria gerado apreensão na área ambiental do governo. Diques e outras estruturas para dragar os rejeitos deixaram de ser feitos pela mineradora.

Concluída pelo órgão em junho, uma nota técnica diz que a Samarco não cumpriu plenamente nenhuma das medidas emergenciais e prioritárias de gestão dos rejeitos determinadas pelo comitê formado por representantes da União, estados (Minas Gerais e Espírito Santo) e municípios afetados pelo desastre. O documento do Ibama mostra que, das 11 ações definidas para minimizar o impacto da lama tóxica que atingiu cidades banhadas pelo Rio Doce, sete não foram cumpridas e quatro foram atendidas parcialmente.

A reportagem cita que, até o momento, a empresa não se mostrou capaz de conter os 24,8 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que continuam espalhados pela área atingida e podem ser carregado pela próxima temporada de chuva. Esse volume equivale a 77% do total lançado de Fundão em novembro de 2015 e representa quatro vezes a quantidade de rejeitos que chegou à foz do Rio Doce. A usina de Candonga fica a 110 quilômetros da barragem do Fundão.

Segundo o documento, com a proximidade do período chuvoso, o cenário mais provável é de um elevado nível de carreamento do rejeito depositado nas margens para dentro dos rios. Em maio, após vistoria nos locais atingidos, o órgão já havia notificado a Samarco sobre a necessidade de adotar medidas mais efetivas para evitar novas tragédias.

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