O vice-líder do Bloco de Oposição, deputado federal Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM), utilizou a tribuna da Câmara Federal nesta quarta-feira, dia 29, às vésperas do Dia do Trabalhador, para dizer que o país não tem nada para se comemorar neste feriado dos trabalhadores, uma vez que, o salário real do trabalhador registra a pior queda desde 2004.
Segundo o deputado, a taxa de desemprego cresce em todas as regiões metropolitanas do país. O discurso tem como base os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desta semana, que mostra a taxa oficial de desemprego do mês de março – expressa pela taxa de desocupação –, que atingiu 6,2%. O resultado reforça a retomada do aumento do desemprego no país, sendo esse o terceiro aumento consecutivo no ano. Quando se observa a série mensal da taxa de desemprego, nota-se que o resultado de março é o maior desde maio de 2011. Mais ainda: desde junho de 2013 que a taxa não chegava a 6%.
“O governo Dilma está deteriorando a cada dia mais a economia brasileira. Nós estamos passando pela maior queda de renda nos últimos 12 anos. O que a presidente tem para falar sobre os trabalhadores em relação a isso? Infelizmente não temos nada para comemorar nesse dia (Dia do Trabalhador). O salário real dos trabalhadores está tendo a maior queda desde 2004. Portanto, aquela falácia de se dizer que o partido, o governo trabalha unicamente para os trabalhadores cai por terra. Os desempregos crescem em todos as regiões metropolitanas do país”, alertou o deputado.
De acordo com ele, a variação na taxa de desemprego neste início de 2015 é mais elevada que nos anos anteriores do governo Dilma. Em 2014, por exemplo, a taxa passou de 4,8% em janeiro para 5% em março. Agora, os valores são 5,3% e 6,2%, respectivamente. Embora todo início de ano tenha tendência de aumento da taxa por conta das demissões do pessoal contratado, para atender ao mercado mais aquecido no final de ano, o aumento mais acentuado da taxa de desemprego agora também está vinculado com o cenário econômico muito ruim.
Arthur Virgílio também citou que a geração de emprego em 2015 vai depender muito da confiança dos empregadores quanto aos impactos que as medidas que estão sendo implementadas pelo governo terão na economia. Como os equívocos da gestão Dilma não foram pequenos e tamanha foi a sua demora em reconhecer seus erros, as perspectivas para 2015 não são nada promissoras. Para o deputado, a classe trabalhadora brasileira ainda passará, infelizmente, por dias difíceis em 2015, com aumento da taxa de desemprego, inflação sem controle e ausência de crescimento da economia. Tudo isso resultado de equívocos do atual governo que perdeu o controle não só da economia, mas também de sua própria capacidade de governar.