O Banco do Brasil abriu investigação para apurar as denúncias de pagamento de propina a Aldemir Bendine, que foi presidente da instituição entre 2009 e 2015. Bendine, que também presidiu a Petrobras, foi acusado por Marcelo Odebrecht e Fernando Reis de ter recebido R$ 3 milhões da Odebrecht para beneficiar a construtora em negócios da Petrobras. Na semana passada, o juiz Sérgio Moro já havia autorizado a abertura de inquérito policial para investigá-lo. As informações são de matéria publicada pelo portal G1 nesta segunda-feira (19).
À época da indicação para o cargo máximo na Petrobras, Bendine era visto como um braço direito da ex-presidente Dilma Rousseff e tinha como missão principal acabar com a corrupção na petrolífera. Apesar disso, segundo os delatores, ele cobrava propina desde a época no Banco do Brasil, prática que continuou ocorrendo na Petrobras.
O PSDB foi um dos grandes opositores da nomeação de Bendine para a petrolífera. Em 2015, o tucano Bruno Araújo (PE), atual ministro das Cidades e líder da Minoria na Câmara durante a indicação, fez duras críticas à escolha feita por Dilma para o cargo máximo na estatal. “A indicação de Bendine para a presidência da Petrobras é um desrespeito à inteligência do brasileiro. A presidente quer nos vender um homem do PT como sendo um homem do mercado”, disse Araújo, na ocasião.
Para o deputado federal Fabio Sousa (PSDB-GO), as investigações abertas pelo Banco do Brasil envolvendo supostas práticas ilícitas de Bendine são mais um indicativo de como os governos do PT naturalizaram a corrupção nos principais cargos de comando no país.
“É impressionante como o último governo institucionalizou a corrupção. Qualquer investigação que se faz, aparece alguma coisa, algum vestígio, e o Bendine da mesma forma, era uma pessoa da confiança da Dilma e do Lula. É lógico que ele tem todo o direito de se defender e tem que ser assim, a justiça serve para todos, mas é impressionante como, a cada enxadada, sai minhoca”, criticou o parlamentar.
Clique aqui para ler a matéria do G1.