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Bancos tiram R$ 419 mil de Lula por rombo na Petrobras

Sao Bernardo do Campo- SP- Brasil- 24/01/2017- Ex-presidente Lula participa da reunião da direção ampliada da CNM / CUT. Foto: Filipe Araújo

Brasília (DF) – A pedido do juiz federal Sergio Moro, o Banco do Brasil e o Itaú transferiram R$ 419 mil das contas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um depósito judicial. O montante integra um bloqueio total de R$ 606,7 mil do petista para a reparação de danos à Petrobras, causados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro pelos quais Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão, no caso do tríplex do Guarujá (SP).

As informações são de reportagem desta terça-feira (25) publicada pelo jornal O Globo.

O dinheiro vai ficar congelado até o fim do processo. Caso Lula seja absolvido, a quantia será devolvida. Com a transferência desta terça, ainda faltam R$ 187 mil a serem retirados do petista. Em sua conta na Caixa Econômica Federal, há mais R$ 123,8 mil. Já no Bradesco, R$ 63,7 mil. Vale lembrar que, na última quinta-feira (20), Lula teve mais R$ 9 milhões bloqueados em planos de previdência privada.

A justificativa de Lula foi a mesma de sempre: ataques ao Ministério Público Federal (MPF) e à Operação Lava Jato. Em entrevista à rádio Tiradentes, do Amazonas, o petista declarou que o setor empresarial, com o aval do MPF, tem se utilizado da estratégia de dizer, em delação premiada, que o dinheiro doado a políticos e partidos se trata de “propina”.

“A palavra propina foi inventada pelos empresários para tentar culpar os políticos, ou pelo Ministério Público”, afirmou. “Todos pedem dinheiro para empresário, desde que foi proclamada a República. A diferença é que agora transformaram as doações em propina, então ficou tudo criminoso”, disse.

Já o promotor Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, rebateu ao jornal O Globo as declarações de Lula. Para ele, o petista tentou minimizar o ato de corrupção que cometeu.

“É uma barbaridade. A ideia é criar uma versão light diante de um contexto em que tudo está ruindo”, constatou. “As delações mostram um submundo que jamais foi imaginado. Quando o PT foi criado e pretendia chegar ao poder, um das promessas que fazia é de que seria diferente, que seria um partido ético e que teria um compromisso profundo com o combate à corrupção”, completou.

Leia AQUI a reportagem do jornal O Globo.

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