Brasília (DF) – Preocupados com a tensão política na Venezuela, que já registrou 29 mortes ao longo do ano durante manifestações contra a gestão do presidente Nicolás Maduro, os governos de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru, Paraguai e Uruguai decidiram pedir ao país uma “saída negociada” para as crescentes crises política, econômica e humanitária.
Em nota divulgada neste domingo (30) pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro, comandado pelo chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), os países se uniram às manifestações feitas pelo papa Francisco, pedindo o fim da violência no país e o respeito aos direitos humanos.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Nota nº 141
30 de abril de 2017
Comunicado sobre a Venezuela
Tradução não-oficial
Os governos de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru, Paraguai e Uruguai se unem às manifestações de Sua Santidade, o papa Francisco, feitas nas últimas horas, a respeito da situação que vive a Venezuela.
Como assinalou o sumo pontífice, é imprescindível contar com “condições muito claras” para uma saída negociada para a crise política, econômica e humanitária no referido país irmão.
Neste sentido, concordam com o papa Francisco em que “tudo que se possa fazer pela Venezuela deve ser feito, mas com as garantias necessárias”, pelo que reiteram o chamado ao fim dos atos de violência, à plena vigência do estado de direito, à libertação dos presos políticos, à plena restituição das prerrogativas da Assembleia Nacional, e à definição de um cronograma eleitoral.
Versão original em espanhol
Los Gobiernos de Argentina, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, Perú, Paraguay y Uruguay adherimos a las expresiones de Su Santidad el Papa Francisco, realizadas en las últimas horas, en relación con la situación que vive Venezuela.
Como lo ha señalado el Sumo Pontífice, es imprescindible contar com “condiciones muy claras” para una salida negociada a la crisis política, económica y humanitaria en dicho país hermano.
En este sentido, concordamos con el Papa Francisco en que “todo lo que se pueda hacer por Venezuela hay que hacerlo, pero con las garantías necesarias”, para lo cual reiteramos que se requiere el cese de los actos de violencia, la plena vigencia del Estado de Derecho, la liberación de los presos políticos, la plena restitución de las prerrogativas de la Asamblea Nacional, y la definición de um cronograma electoral.