
De acordo com o IBGE, o Brasil já acumula 10 milhões de desocupados, como revela matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
Nos três primeiros meses deste ano, 319.150 vagas com carteira assinada foram eliminadas. Nos últimos 12 meses até março, o encerramento de postos de trabalho chega a 1,85 milhão.
A queda acentuada dos postos de emprego é resultado de decisões equivocadas tomadas pelo governo em praticamente todas os setores da economia. O setor mais afetado foi o comércio, com o fechamento de cerca de 42 mil postos. Seguem a indústria de transformação, com 25 mil vagas fechadas, a construção civil, com 24 mil vagas, e serviços, com quase 19 mil vagas.
Nem o setor agrícola escapou da onda de demissões. Junto com a construção civil eles são o termômetro do mercado de trabalho. E as expectativas para os próximos meses são negativas. Na agricultura, 12.131 funcionários foram dispensados. No setor de extrativismo mineral foram 964 desligamentos, e nos serviços industriais de utilidade pública, 344.
Em um momento em que as grandes discussões políticas no país giram em torno dos gastos do governo, apenas a administração pública conseguiu manter o saldo positivo em março, criando 4.335 vagas.

A construção civil é um dos setores que mais preocupa no momento. Em janeiro foram eliminadas 2 mil vagas e em fevereiro mais 17 mil, segundo diretor do Departamento de Emprego e Salário do ministério, a construção civil, Márcio Borges.
Este foi o 18º mês consecutivo em que houve diminuição do mercado de trabalho formal.