O Fundo Monetário Internacional (FMI) acendeu o alerta vermelho para o Brasil diante do aprofundamento da crise política e recessão instalada pelo governo da presidente Dilma Rousseff. Pelo segundo dia consecutivo, a entidade divulgou indicadores que mostram a piora da economia brasileira, o que pode levar o país a se tornar campeão de endividamento público entre os países emergentes e de renda média.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a dívida bruta chegou a 73,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e deve bater em 76,3% em 2016 – atingindo 91,7% em 2021. Na América Latina, a relação média entre dívida e PIB ainda estará em 61,8% e na zona do euro terá uma queda de 93,2% em 2015 para 83,2%.
Em seu tradicional relatório sobre a Conjuntura Econômica Global, ao fazer o alerta sobre o forte crescimento da dívida pública no Brasil, o FMI apontou que o déficit nominal, que inclui o que o governo petista paga de juros, pulou de pouco mais de 2% para 10% do PIB. Segundo o fundo, o aumento se deve pela recessão, perda de receitas, aumento de gastos e “limpeza de atrasados” – se referindo às famosas “pedaladas fiscais” que motivaram o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma em tramitação no Congresso. Ainda no relatório, a entidade reviu a projeção da recessão deste ano de 3,5% para 3,8%.