Brasília – Deputados federais do PSDB criticaram a decisão da Controladoria Geral da União (CGU) em prorrogar, por mais 60 dias, a conclusão do processo disciplinar que apura a conduta de Rosemary Noronha.
Ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República, em São Paulo, Rosemary é acusada de integrar uma quadrilha que negociava pareceres no governo federal.
“São muitas informações ainda levadas à sociedade. A Rosemary tem o conhecimento de uma série de circunstâncias que ocorreram no governo federal e nós precisamos saber disso”, disse Luiz Nishimori (PR). Ele defendeu ainda a presença da ex-assessora, no Senado e na Câmara para esclarecimentos.
César Colnago (ES) endossou: “Toda protelação, nesse caso, é ruim. A intenção dela e da defesa é fazer com que a história caia no esquecimento”.
Reportagem publicada pelo site do jornal O Globo na terça-feira (11) destacou que o adiamento é interpretado como uma vitória da defesa da ex-servidora.
Segundo a publicação, a condenação nos processos de apuração é tida como certa, o que poderia dificultar a situação em outras instâncias do Judiciário.
O deputado Colnago enfatizou que a gravidade dos fatos pede que o assunto seja mantido no foco.
E prosseguiu: “Os órgãos de controle têm que tratar o caso como prioritário.”
Opinião compartilhada por Nishimori: “Uma figura-chave em muitas questões. Certamente tem coisas importantes para revelar. Congresso, Judiciário, Polícia e outras entidades precisam acompanhar a fundo”, afirmou.
Operação Porto Seguro – O esquema foi desbaratado pela Polícia Federal com a operação Porto Seguro, deflagrada no segundo semestre de 2012.
Rosemary foi denunciada pelo Ministério Público por tráfico de influência, falsidade ideológica, corrupção passiva e formação de quadrilha.