Os últimos meses trouxeram significantes mudanças para a Companhia de Informática de Pelotas (Coinpel) – empresa que viabiliza tecnologias de informação e comunicação para a Prefeitura, tanto à administração pública direta quanto à indireta. O trabalho de reestruturação englobou diversas etapas, desde a capacitação dos recursos humanos até o investimento em novas tecnologias que impactam na qualificação do atendimento.
Um dos ganhos refere-se à possibilidade de monitorar, em tempo real, 28 prédios que sediam serviços públicos municipais e contam com rede de fibra ótica, o que permite diagnosticar antecipadamente os problemas e, consequentemente, agir de forma mais rápida para solucioná-los, afirma o diretor técnico da Coinpel, Nataniel Vieira. Através de pontos vermelhos e verdes no mapa, que representam a boa ou má conectividade da rede, a equipe acompanha a situação atualizada de cada local.
A rede de 28 prédios da Prefeitura é monitorada diariamente pela Coinpel – Foto: Igor Sobral
“Antes a origem dos problemas era desconhecida e eram necessárias diversas análises até detectar o que estava acontecendo. Com esse sistema gratuito de monitoramento, que atualiza-se de cinco em cinco minutos, conhecemos os sintomas e temos o controle do funcionamento da rede em todas estas unidades”, afirma.
Em média, apenas um prédio, dos 28 observados, apresenta problemas durante o dia. Na prática, isso significa que os serviços prestados à população, que necessitam da eficácia da internet, têm mais estabilidade e menos chance de oscilação.
Aposta em novas tecnologias
Aposentar as antigas tecnologias também foi determinante para as melhorias. No ano passado, todas as baterias para ‘nobreaks’ (dispositivos de proteção para os eletrônicos) foram trocadas, o que impacta em menos quedas de rede. No prédio da Coinpel, por exemplo, ela não cai há 115 dias seguidos – sendo que a última vez a queda foi provocada, para manutenções.
Através de pontos verdes e vermelhos no mapa, a Companhia consegue identificar falhas na rede – Foto: Reprodução
Além disso, a Companhia também adquiriu novos discos para servidores, HDs para possibilitar mais armazenamento e outros equipamentos que permitem a otimização do uso das fibras óticas e que ajudam na solução de problemas pontuais. Dos 37 servidores, 30 já foram readequados para prover serviços melhores e tecnologias mais avançadas.
Atendimento qualificado
A capacitação dos recursos humanos foi outra prioridade dentro da Companhia. Os servidores passam por frequentes treinamentos para que, não só se qualifiquem, mas também sintam-se valorizados dentro da equipe, justifica Vieira. Além da parte técnica, o atendimento ao público também é importante.
“É essencial que eles sejam comunicativos e atenciosos. O que vai determinar os bons resultados não são as máquinas, mas sim as pessoas”, acrescenta.
Arte: Mariana Valente e Eduardo Mendes
Atualmente, a Coinpel conta com 35 colaboradores – metade trabalha no Parque Tecnológico, nos setores administrativos e de desenvolvimento. O setor de infraestrutura e hardware fica na sede da Félix da Cunha, responsabilizando-se pelo atendimento ao cliente via help desk (por telefone), infraestrutura de redes e servidores, hardware e softwares dos equipamentos. O atendimento é feito tanto por telefone, quanto presencialmente – dependendo da especificidade do caso. No primeiro caso, a capacitação dos técnicos tem sido fundamental.
“O help desk vem sendo qualificado para dar respostas mais rápidas, sem precisar transferir para outros setores, o que agiliza o processo”, afirma o diretor. Caso o problema não se resolva desta forma, técnicos vão pessoalmente atender as demandas; se mesmo assim não solucioná-los, os equipamentos são levados aos especialistas de sistema, suporte, infraestrutura, etc.
Vieira também registra que a Companhia dá assistência e consultoria às equipes de tecnologia vinculadas às secretarias de Saúde e de Educação e Desporto, que contam com técnicos específicos em função da grande demanda relacionada a escolas e unidades de saúde municipais.