Conhecendo de perto os modelos de políticas já desenvolvidas pelo Governo do Estado, como o Programa de Segurança Alimentar e linha de Crédito capitaneada pela Fundação de Trabalho (Funtrab), lideranças da Terra Indígena Buriti, localizada no município de Sidrolândia, distante 70 quilômetros da Capital, receberam na última sexta-feira (18), a subsecretária de Políticas para a População Indígena, Silvana Dias. A reunião, que contou com mais de 30 participantes, teve também foco no desenvolvimento da agricultura familiar, debate em torno de educação e saúde. “Nós estamos buscando melhorias, visitando todas as aldeias do Estado, conversando com os caciques e a população, para que essa ponte entre quem mora na aldeia e o serviço público seja de fato estabelecida”, disse a subsecretária.
A plena interlocução com as demais pastas do Governo do Estado, visando principalmente as garantias técnicas e administrativas que avalizem uma vida sustentável e de qualidade na aldeia também foi destacada pela subsecretária.
Atualmente a Terra Indígena Buriti é composta pelas aldeias Buriti, Nova Buriti, Olho D’água, Oliveres, Nova Tereré, Tereré, 10 de maio, Recanto, Água Azul, Córrego do Meio e Lagoinha. Como explica o morador da Terra e acadêmico a etnia terena, Sérgio Reginaldo, 1906 é a data aproximada da formação da Aldeia Buriti, única demarcada na Terra. As demais aldeias ainda aguardam posições oficiais para posse definitiva. Com vocação agrícola, cultivando principalmente milho, mandioca e feijão, os terenas da Terra Indígena Buriti, produzem para sustento e ainda comercializam o excedente. Ao todo são mais de 8 mil habitantes em uma área aproximada de 17,5 mil hectares.
Para o cacique da Aldeia Olho D’água, Valdeci da Silva, apesar das dificuldades atuais, há uma grande esperança de melhoria de vida na aldeia, principalmente após a criação da Subsecretaria de Políticas para a População Indígena pelo Governo do Estado. “Sabemos que precisamos ainda resolver algumas questões como conserto de trator, sementes, construção de escolas e casos da saúde, mas só de recebermos nossa patrícia aqui representando a nós e levando nossas demandas para frente, já é uma grande coisa”, disse.
Silvana Dias também destacou aos participantes a inclusão nos estudos do Plano Plurianual (PPA), do Plano Estadual Indígena, lançado em abril deste ano, o que garantiria atenção ainda maior para as especificidades como cultura, saúde e educação voltada para os povos indígenas de todo o Mato Grosso do Sul.
Ainda de acordo com a subsecretária, políticas já desenvolvidas pelo Governo do Estado, como o Programa de Segurança Alimentar e linha de Crédito Indígena capitaneada pela Fundação de Trabalho (Funtrab), demonstram a atenção voltada para esses povos. “Nós estamos buscando melhorias, visitando todas as aldeias do Estado, conversando com os caciques e a população, para que essa ponte entre quem mora na aldeia e o serviço público seja de fato estabelecida”, completou.
Antônio João – Não distante dos conflitos envolvendo a população indígena do Estado, a subsecretária também aproveitou o momento em Sidrolândia para destacar o papel importante de acompanhamento e resolução positiva dos casos atuais. “Estivemos em reunião com o ministro da Justiça e ainda in loco em Antônio João conversando com os patrícios e buscando uma saída pacífica para a situação. Não nos furtaremos de participar dos debates e chegarmos a uma solução comum”, afirmou.
Subsecretaria Indígena – Implantada na gestão atual, a Subsecretaria de Políticas Públicas para a População Indígena representa um grande avanço para os mais de 75 mil índios de MS, de acordo com o IBGE, contemplando em seu quadro administrativo indígenas das 8 etnias existentes no Estado, englobando assim as 74 tribos de forma igualitária.
*Do portal do governo do Mato Grosso do Sul