Brasília – Reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira (11) destaca que cresceu em 8,4% o número de pessoas que não conseguem pagar em dia suas contas de luz e água, na comparação entre janeiro de 2015 e o mesmo mês do ano passado. Os dados são do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.
Entre os fatores mencionados pela Folha para a elevação do número de inadimplentes está o aumento do preço das contas de energia elétrica – causado, entre outros motivos, pela necessidade de se usar mais eletricidade de usinas térmicas, mais cara.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a situação é reflexo de um processo de ‘empobrecimento da população’ promovido durante a gestão de Dilma Rousseff. O tucano mencionou fatores como a elevação da inflação, a alta da taxa de juros e a diminuição da atividade industrial como eventos que, no longo prazo, retiram poder de compra da população.
“Daqui para a frente, cada vez mais os brasileiros terão que pagar a conta dos equívocos do governo Dilma”, afirmou o tucano.
Decisão unilateral
Hauly destacou também os efeitos da medida provisória 579, emitida pela presidente Dilma com o objetivo de baratear os custos da energia, mas que acabou desorganizando o setor elétrico.
“O campo da energia foi muito afetado pela intervenção direta de Dilma, que, em uma decisão unilateral e demagógica, desequilibrou todo o sistema elétrico brasileiro”, disse.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o especialista Marcos Freitas afirmou que a MP 579 deixou a Eletrobras “mal das pernas” e retirou a capacidade de investimentos da estatal.